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Brasil

Nova norma vai regulamentar carregadores de carros elétricos em condomínios

Regra em elaboração prevê exigências diferentes para prédios novos e antigos e busca reduzir riscos de incêndio e conflitos entre moradores

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Eles já são em torno de 500 mil no país, e cerca de metade circula pelas ruas e estradas de São Paulo. A crescente frota de veículos elétricos no Brasil tem gerado preocupação com a segurança durante a recarga das baterias, especialmente dentro dos prédios. Daí surgiu a necessidade de uma norma que reduza os riscos e também os conflitos frequentes entre vizinhos nos condomínios.

Durante mais de um ano, empresários do setor automotivo, pesquisadores, o governo de São Paulo e o Corpo de Bombeiros participaram de discussões e realizaram testes para avaliar riscos no laboratório da corporação. O resultado será a publicação de novas normas para o carregamento de carros elétricos nas próximas semanas. Haverá exigências diferentes para edifícios prontos e para os que ainda serão construídos.

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Nos novos prédios, será obrigatória a instalação de sprinklers – os chuveirinhos que liberam água ao detectar fogo – nas garagens. Já os sensores de fumaça serão exigência para todos os edifícios, independentemente da data de construção.

A maior preocupação, no entanto, é com a infraestrutura elétrica e a instalação adequada dos carregadores, explica Ricardo Bastos, presidente da Associação Brasileira de Veículos Automotores.

"O risco de uma instalação mal feita é exatamente você gerar uma consequência de um risco de incêndio, ou de algum incidente, fumaça, alguma precipitação de curto-circuito no sistema elétrico do prédio", explica.

Em um condomínio de alto padrão na zona sul da capital paulista, a construtora entregou, no ano passado, a estrutura de carregamento pronta, mas não levou eletricidade para parte das 800 vagas do estacionamento. Segundo o síndico profissional Rodrigo Lobo, a proposta de o condomínio bancar o investimento foi recusada em assembleia, e uma alternativa foi adotada:

"Foi a opção de uma assinatura. Então, o condômino, naquele momento em que precisa do carro elétrico, do carro híbrido, faz a assinatura e paga ali pra empresa a adaptação e instalação de todo o sistema", diz.

A empresa contratada padronizou a instalação, e as unidades interessadas pagam entre R$ 230 e R$ 320 por mês, além do consumo de energia, que é individualizado.

O engenheiro eletricista Leandro Oliveira, que já coordenou a instalação de carregadores em mais de 400 prédios no País, alerta que, sem uma norma clara, erros comuns continuam a ocorrer nos condomínios.

"É muito comum o uso de tomadas. Isso não traz a devida segurança, traz uma dificuldade para medir, individualizar o consumo de quem está usando e pagar por aquela energia", afirma. "O grande papel da normativa é trazer estabilidade, segurança e clareza a todos".
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