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Conselheiro do Tribunal de Contas de Roraima, filho e juiz são alvos da PF

Operação Fullone aponta mais de R$ 26 milhões em desvios da Secretaria de Saúde em contratos de lavanderia para hospitais

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Polícia Federal (PF) fez operação contra desvio de dinheiro público em Roraima | Divulgação/PF
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Um suposto esquema de desvio de mais de R$ 26 milhões da Secretaria Estadual de Saúde de Roraima, em contratos de lavanderia, que envolve um conselheiro de Tribunal de Contas do Estado (TCE), seu filho e um juiz de Boa Vista (RR) foi alvo de operação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), nesta quinta-feira (16).

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O gabinete e endereços do conselheiro Joaquim Souto Maior, do TCE-RR, foram alvos de buscas e apreensão.

A PF fez buscas também na casa de um juiz do Tribunal de Justiça de Roraima. O magistrado teria dado decisão que favoreceu o esquema.

O principal alvo é Victor Noleto Souto Maior, filho do conselheiro do TCE-RR. Ele controlava duas empresas de lavanderia de roupas, contratadas sem licitação pública pela Secretaria de Saúde.

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A Operação Fullone cumpre uma ordem de prisão e nove de buscas, determinadas pelo ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

As sedes das empresas M.M.L.N. Souto Maior e Cia Ltda-ME e Olimpo Comércio e Serviços Ltda. também foram alvos das buscas.

Em nota, a Superintendência da PF de Roraima informou que investiga "dispensa ilegal de licitação, favorecimento de empresa nas contratações diretas, superfaturamento do objeto contratado, desvio de recursos públicos" e lavagem de dinheiro.

O conselheiro do TCE-RR e o juiz foram afastados de suas funções. O dinheiro desviado, segundo a PF, beneficiou o conselheiro e seu filho, acusados de enriquecimento ilícito. A Corregedoria do TCE acompanha a operação. O STJ decretou ainda sequestro, bloqueio e indisponibilidade de bens dos alvos, no valor de cerca de R$ 26 milhões.

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Esquema

As empresas do filho do conselheiro do TCE-RR foram contratadas sem licitação e de forma irregular em 2019 e 2020 para serviços de lavanderia nos hospitais e unidades de saúde do estado, segundo as apurações.

No TCE, o conselheiro teria cuidado da aprovação das contratações, e o juiz é suspeito de ter decidido em favor das empresas para obrigar o estado a pagar valores devidos e contestados.

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O nome da operação Fullone faz referência ao contrato alvo dos desvios e à tentativa de regularizar o dinheiro desviado. Fullone "tem etimologia profissional e designa aqueles que desempenhavam funções de lavanderia e tinturaria na época romana", explica a PF.

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