"Cigarreiro": quem é o suspeito de mandar matar o delator do PCC
Polícia Civil de São Paulo realiza operação contra Emílio Carlos Castilho, também conhecido como "Cigarreiro" e que usa nome falso João Bartolato Fallopa
![Imagem da noticia "Cigarreiro": quem é o suspeito de mandar matar o delator do PCC](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com%2Fgritzbach_cigarreiro_59af994dfb.jpg&w=1920&q=90)
Derick Toda
Fátima Souza
A Polícia Civil de São Paulo realiza uma operação nesta quinta-feira (13) contra Emílio Carlos Gongorra Castilho, um dos dois suspeitos de mandar matar o empresário e delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), Vinicius Gritzbach.
O segundo apontado pela investigação como mandante da morte de Gritzbach é Ademir Pereira de Andrade, que está preso. Ademir utilizava o mercado imobiliário para lavar dinheiro ilegal.
O empresário foi assassinado em novembro do ano passado, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Emílio Carlos Gongorra Castilho
Conhecido no mundo do crime pelos apelidos de "Cigarreiro", "Bill" pelos comparsas mais próximos e que usa o nome falso "João Bartolato Fallopa", Emílio é envolvido com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em nome do PCC.
O apelido Cigarreiro é por ele ser dono de diferentes tabacarias na zona leste de São Paulo.
Ele teria enviado mais de R$ 4 milhões em criptomoedas para Gritzbach, que prometia lavar e aplicar o dinheiro. No entanto, o delator teria dado um golpe no comparsa, ficando com a quantia. Gritzbach é acusado de ter feito o mesmo contra o grupo do traficante de drogas Anselma Santa Fausta, o "Cara Preta".
+ Delator assassinado: como começou relação entre empresário e PCC?
Cara Preta teria entregue R$ 40 milhões ao empresário para aplicação em criptomoedas. Após não devolver o dinheiro, Gritzbach teria encomendado a morte do traficante e de seu motorista Antônio Corona Neto, o "Sem Sangue", em uma emboscada no Tatuapé, em dezembro de 2021.
Emílio entra em cena novamente. Um inquérito da Polícia Federal explica que, dias depois após a morte dos dois, o Cigarreiro e outros criminosos "teriam intimidado Gritzbach a um 'tribunal do crime' por acreditarem ter sido ele o mandante" do duplo homicídio.
Gritzbach teria conseguido escapar do tribunal do crime com ajuda de Claudio Marcos de Almeida, o "Django", e Rafael Maeda, o "Japa", ambos integrantes do PCC.
+ PF indicia 14 e pede prisão preventiva de cinco policiais citados em delação de Gritzbach
"Acredita-se que Rafael Maeda e Claudio foram mortos em 2023 pelos demais integrantes do PCC porque 'absolveram' Gritzbach do homicídio de Anselmo quando do tribunal do crime", diz o inquérito da PF.
Além disso, Ademir foi citado na delação que o empresário apresentou ao Ministério Público, o que também teria motivado a execução
Dessa vez, Emílio e Ademir teriam contratado os policiais militares envolvidos na ação de execução do delator.