Caso Gritzbach: polícia faz operação contra suspeito de mandar matar delator do PCC
Empresário foi assassinado no dia 8 de novembro no Aeroporto Internacional de Guarulhos
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Fernanda Trigueiro
A Polícia Civil de São Paulo está nas ruas nesta quinta-feira (13) em uma operação contra um dos homens que teria mandado matar o delator do PCC, Vinicius Gritzbach.
Agente dos Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) cumprem um mandado de prisão e 21 de busca e apreensão em diferentes regiões da capital paulista. Os dois principais suspeitos pela execução são Ademir Pereira de Andrade, que já está preso, e Emílio Carlos Castilho, alvo da operação.
Emílio é envolvido com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em nome do PCC. Ele é conhecido como "Cigarreiro", "Bill" e usa o nome falso João Bartolato Fallopa.
Ademir utilizava o mercado imobiliário para ocultar recursos ilícitos, mantendo mais de 400 imóveis em seu nome na zona leste de São Paulo. Já “João Cigarreiro” é acusado de transferir R$ 4 milhões em criptomoedas para Gritzbach, valor que teria desaparecido, motivando o crime. Ele seria integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) e teria ligações com o Comando Vermelho, do Rio de Janeiro.
Delações apontam que Gritzbach temia João Cigarreiro, que teria sido responsável por seu sequestro e por levá-lo ao “tribunal do crime” da facção. Segundo relatos da própria vítima, por anos, Cigarreiro teria atuado ao lado de Anselmo Santa Fausta, morto em 2021.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), 116 policiais em 41 viaturas realizam diligências em 20 endereços.
Entre os materiais apreendidos, foram encontrados objetos que fazem apologia ao crime e à violência, como um abajur com um fuzil prateado e um quadro com um fuzil dourado. Os itens foram localizados em um galpão em Guarulhos, de propriedade do suspeito.
Relembre o caso
Gritzbach foi executado no dia oito de novembro de 2024, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Gritzbach é apontado pela polícia como o mandante da morte de um líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), em 2021.
Na quarta-feira (12), O SBT News mostrou que a Polícia Federal (PF) indiciou 14 pessoas e pediu a conversão da prisão temporária em preventiva para cinco policiais acusados de envolvimento em um esquema de corrupção revelado pela delação do empresário.