Chiquinho e Domingos Brazão, suspeitos no Caso Marielle, são separados em transferência de Brasília
Os irmãos e o chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, foram alvo da operação Murder Inc., da Polícia Federal, no último domingo (24); estavam presos na Penitenciária Federal em Brasília
Carlos Catelan
Os irmãos Brazão foram separados durante o processo de transferência da Penitenciária Federal em Brasília, onde estavam desde domingo (24). O deputado Chiquinho Brazão (Sem Partido-RJ) será encaminhado para Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, enquanto o irmão e conselheiro do Tribunal de Contas do estado, Domingos Brazão, irá para Porto Velho, em Rondônia.
A medida de segurança foi determinada nesta quarta-feira (27). Ambos são suspeitos de serem os mandantes do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
Rivaldo Barbosa, chefe da Polícia Civil do Rio, suspeito de obstruir as investigações, permanece na capital federal. Os três foram alvo da operação Murder Inc., da Polícia Federal (PF), após a delação de Ronnie Lessa ser homologada no Superior Tribunal Federal (STF), na semana anterior.
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O deputado Chiquinho Brazão, por ser parlamentar, teve prisão preventiva referendada pelo ministro Alexandre de Moraes. Na segunda, a Primeira Turma do STF decidiu, por unanimidade (5 votos a 0), confirmar a decisão. Cabe agora à Câmara votar pela manutenção ou não do encarceramento do congressista.
A votação do caso na terça-feira (26) na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) foi adiada após um deputado pedir mais tempo de análise.
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