Caso Vitória: detidos em mata são levados para prestar depoimento em delegacia
Adolescente foi encontrada morta, degolada e com cabelos raspados em mata em Cajamar (SP)

SBT News
Durante a operação policial em área de mata no bairro Ponunduva, em Cajamar, na Grande São Paulo, dois homens e uma mulher foram detidos e levados para a Delegacia Seccional de Franco da Rocha. As três pessoas serão ouvidas pela polícia no inquérito que apura a morte de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos.
Agentes também realizaram buscas, em um bairro vizinho, por uma pastora apontada como testemunha no caso, segundo a polícia. Ela não foi localizada. Pela manhã foram ouvidas ainda outras três pessoas: um vizinho e uma vizinha de suspeitos do crime e o motorista de um ônibus que transportou Vitória na saída do trabalho para casa, na noite em que ela desapareceu.
Vitória ficou desaparecida por uma semana e foi encontrada morta, degolada e com os cabelos raspados, numa mata em Cajamar, na quarta-feira (5).
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Investigação
Uma das linhas de investigação da polícia é que Vitória tenha sido morta por ciúmes. O autor, identificado como Daniel, teria um relacionamento amoroso com Gustavo Lira, um ex-namorado da vítima, e teria ciúmes dela.
Vitória trabalhava como operadora de caixa em um restaurante de shopping, no centro de Cajamar. Como voltava tarde da noite, costumava ser buscada pelo pai no ponto de ônibus. No dia 26 de fevereiro, o carro da família estava quebrado e ela teve que fazer o trajeto sozinha.
O trajeto de uma hora exigia que ela pegasse dois ônibus. Enquanto aguardava o primeiro, ela demonstrou medo em mensagens enviadas a uma amiga: "Tem uns meninos aqui do meu lado, tô com medo".
Vitória estava no bairro de Polvilho e seguiria para a região de Ponunduva. O ônibus chegou, e a jovem avisou que os suspeitos embarcaram com ela: "Os dois pegaram, o outro acabou de vir pra trás".
Imagens de uma câmera de segurança mostram Vitória no ponto de ônibus e os rapazes ao redor. Ela entra no veículo. Pouco depois, tenta tranquilizar a amiga: "Amiga, tá de boa, nenhum desceu no mesmo ponto que eu, então tá de boaça".
Segundo o motorista do coletivo, Vitória desceu sozinha no ponto de sempre, em uma estrada de terra no bairro Ponunduva, região de chácaras onde mora com a família.
A jovem também contou para a amiga, em áudios, que um carro passou devagar e os ocupantes a chamaram de "vida", o que a deixou assustada. Logo depois, parou de responder e desapareceu.