Caso Vitória: família da vítima descreve Maicol como "monstro"
Assassino confesso da adolescente é classificado pelos investigadores como psicopata

Fabíola Corrêa
A família de Vitória não tem dúvidas: para eles, Maicol é um "monstro". A irmã, a mãe e o pai da vítima usaram exatamente essa palavra para descrever o homem que confessou o crime brutal.
Para a polícia, Maicol é mais do que isso. Em entrevista coletiva, investigadores o classificaram como um psicopata frio. Segundo a conclusão das autoridades, ele não contou com ajuda de ninguém para sequestrar e matar a adolescente por ser egoísta.
Maicol assumiu a autoria do crime sozinho. Mas para Carlos Alberto Souza, pai da vítima, essa confissão não traz alívio. Ele tem certeza de que o acusado não agiu sozinho, principalmente porque testemunhas relataram a presença de outras pessoas no carro usado no crime.
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A irmã de Vitória também contesta a versão oficial: "Como não houve tortura, se o enterro foi com caixão fechado porque o rosto dela estava desfigurado?", questiona.
Maicol perseguia Vitória nas redes sociais há meses. As evidências encontradas no celular dele levantam ainda mais suspeitas. Entre as imagens, ele aparece segurando facas e uma arma. Havia fotos de várias outras meninas também. "Se isso não tivesse acontecido, ele continuaria a perseguir? Ou será que já fez outras vítimas antes?", questiona o pai de Vitória.
Vida dupla
Maicol morava com a esposa, mas na noite do crime ela estava na casa da mãe. Ele trabalhava como motoboy e fazia bicos como mecânico. Para os amigos, parecia um jovem comum, sem levantar suspeitas.
Após ser formalmente interrogado, Maicol foi levado ao Instituto Médico Legal (IML), onde permaneceu por poucos minutos antes de ser encaminhado novamente à carceragem.
O pai da adolescente deseja encarar o assassino da filha. Mas, ao contrário de uma simples resposta, ele confessa que sua vontade é de vingança. "Queria matá-lo com mais requintes de crueldade do que fez com minha filha", afirmou.