Caso Vitória: adolescente não sofreu abuso sexual e morreu por golpes de faca, diz laudo do IML
Análise preliminar também localizou álcool no sangue da jovem

Marcos Guedes
Derick Toda
Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) aponta que Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, não sofreu violência sexual. Exames não encontraram a presença de material genético nas partes íntimas da jovem.
+ Caso Vitória: Polícia confirma confissão de preso; "ele era obcecado pela vítima", diz delegado
O documento, que o jornalismo do SBT teve acesso, diz que a adolescente foi morta por "hemorragia traumática" após três golpes de faca: na região lateral do tórax, na região supraclavicular esquerda e na região auricular esquerda (entre a face e o pescoço).
O principal suspeito e único preso é Maicol Sales dos Santos. O SBT apurou, com exclusividade, que ele confessou a autoria do assassinato para agentes da Polícia Civil. A informação foi confirmada durante coletiva de imprensa pela autoridade, nesta quarta-feira (18).

De acordo com o laudo, que ainda não está concluído, a morte "se deu por hemorragia traumática decorrente de lesões pérfuro incisas, pela ação de instrumento cortante".
A investigação aponta que a menina foi encontrada degolada, com o cabelo raspado e vestindo apenas um sutiã, em uma área de mata de Cajamar, na Grande São Paulo.
+ Caso Vitória: Veja momento em que Maicol deixa delegacia conduzido por agentes da Polícia Civil
Além disso, o IML identificou a presença de álcool etílico em amostras do sangue da Vitória. No entanto, os peritos explicam que a substância alcóolica encontrada pode ser decorrente do processo de decomposição do corpo, de acordo com o documento.
“A dosagem alcoólica, pode indicar um processo de fermentação característico da putrefação, no qual ocorre formação de álcool etílico semelhante ao presente em bebidas alcoólicas", diz o documento.
Essa é uma nova etapa da investigação, que deve esclarecer se a jovem foi dopada ou não com uso de álcool.

Momento do golpe de faca e corpo escondido
Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (18), o delegado responsável pelo caso afirmou que Vitória sofreu os golpes de faca no momento que foi sequestrada, no dia 26 de fevereiro. O laudo do IML diz que o corpo da vítima ficou exposto em ambiente aberto por 24 a 48 horas, no mínimo.