Caso Vitória: buscas são intensificadas em Campinas no dia que desaparecimento completa uma semana

O desaparecimento da jovem Vitória Regina de Souza, de 17 anos, completa uma semana. A moradora de Cajamar, na Grande São Paulo, voltava do trabalho, quando avisou uma amiga por mensagem, que estava com medo de estar sendo perseguida por dois homens durante o trajeto para casa, no dia 26 de fevereiro. As buscas foram ampliadas e o caso segue em segredo de Justiça.

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O carro em que os rapazes passaram, segundo o áudio da garota, foi visto por testemunhas parado em frente ao ponto de ônibus onde Vitória desceu e desapareceu. Os peritos revistaram o veículo e usaram o sistema Afis, que detecta as impressões digitais para relacionar com dados registrados no Sistema de Reconhecimento de Pessoas.

Segundo o motorista do coletivo, Vitória desceu sozinha no ponto de sempre, em uma estrada de terra no bairro Ponunduva, região de chácaras onde mora com a família.

Ficante

Uma das possibilidades é de que a jovem pode ter entrado no automóvel, após desembarcar do transporte coletivo. O último contato feito pela garota foi com um "ficante", com quem mantinha um relacionamento esporádico. De acordo com o advogado da família da vítima, Fabio Costa, ela enviou uma mensagem pedindo para ele buscá-la no ponto de ônibus porque estava com medo.

O rapaz já prestou depoimento e disse que estava dormindo quando recebeu o pedido de Vitória. Ao acordar de madrugada, ele tentou contato com a jovem, mas não teve sucesso. A Polícia apura uma contradição neste depoimento, há informações de que o "ficante" estaria com outra menina no momento em que recebe a mensagem. A garota também foi levada à delegacia e foi confirmou que os dois estavam juntos.

Buscas

As buscas, que estavam concentradas na região onde a adolescente foi vista pela última vez, foram ampliadas e já mobilizam mais de cem agentes. Os familiares ainda não tiveram informação sobre o possível paradeiro de Vitória, mas seguem com esperança. "Em nenhum momento a família chegou a cogitar o fato dela não estar viva", revela o advogado.

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) afirma que o caso é investigado pelo 1º Distrito Policial (DP) de Cajamar, por meio de inquérito policial. Ao todo 11 pessoas, incluindo familiares e ex-namorado, já foram ouvidas pelas autoridades. "As buscas prosseguem para a sua localização e o esclarecimento dos fatos", diz a nota.

Segundo a Polícia Civil de São Paulo, o sinal de celular da adolescente foi detectado na região de Campinas. Nesta quarta-feira (5), agentes vão se concentrar no interior paulista e nos arredores da casa da menina. "É uma área muito grande, estamos falando de mais de nove mil metros quadrados", conta o advogado sobre as dificuldades da busca.

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Tênis

Na terça-feira (05), as equipes de busca se concentraram próximo a uma represa após uma denúncia anônima indicar um forte odor na área. Durante as buscas, um par de tênis foi encontrado, mas a família descartou que fosse da jovem, já que o calçado era de numeração menor.

O secretário municipal de segurança, Leandro Morette Arantes, reforçou a importância da veracidade nas denúncias anônimas para evitar prejuízos às investigações e aos trabalhos de busca.