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Caso VaideBet e Corinthians: intermediador do contrato admite que recebeu comissão milionária

Alex Cassundé afirma que não pediu o valor e que teria sido vítima da empresa de fachada envolvida no negócio

Caso VaideBet e Corinthians: intermediador do contrato admite que recebeu comissão milionária
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Alex Cassundé, responsável por intermediar o contrato milionário entre Corinthians e a ex-patrocinadora VaideBet, prestou depoimento à polícia nesta terça-feira (25). Ele admitiu que não pediu, mas recebeu comissão no negócio e afirma que foi vítima de uma empresa de fachada.

Cassundé está no centro do escândalo que levou ao fim da parceria entre o clube e a casa de apostas esportivas. O empresário, dono da Rede Social Media Design, recebeu uma comissão de R$ 1,4 milhão pela assinatura do contrato. Parte desse dinheiro, R$ 1,06 milhão, teria sido transferido para a Neoway Soluções Integradas, uma empresa fantasma.

A Neoway, que segundo a polícia é usada para lavagem de dinheiro, está em nome de uma mulher de 23 anos, que cria sozinha três filhos pequenos, em um bairro carente de Peruíbe, no litoral paulista.

Alex Cassundé confirmou que fez a transferência de mais de R$ 1 milhão para a Neoway, mas disse que foi enganado. Ele afirmou que comprou um sistema de telemedicina da empresa, mas não sabia que a Neoway era fantasma.

"Ele explicou exatamente sobre isso, ele comprou um sistema e isso não deu certo, não foi entregue, e ele foi vítima também", afirma Claudio Salgado, advogado do empresário.

Na saída do depoimento, Cassundé ficou calado, atrás do advogado. Ele disse à polícia que intermediou o contrato da seguinte forma: apenas fez uma pesquisa sobre empresas de apostas esportivas no ChatGPT- aplicativo de inteligência artificial. Foi assim que ele passou o contato da VaideBet para Sérgio Moura, então superintendente de marketing do Corinthians.

Cassundé disse ainda que recebeu a comissão milionária pelo contrato sem ter pedido nada. Nenhuma dessas versões convenceu a polícia e o Ministério Público.

"Eles tiveram relações porque ele intermediou um negócio, mas não tem nada de corrupção, de repasse, nada disso", afirma o advogado de Cassundé.

Nesta segunda-feira (24), a Justiça decretou sigilo nas investigações. Na mesma decisão, o juiz Guilherme Eduardo Martins Kellner determinou a apreensão do telefone celular e a quebra do sigilo telemático de Cassundé. A polícia já pediu que a Justiça quebre o sigilo bancário e bloqueie as contas da empresa dele, da Rede Social, e também da Neoway.

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