Caso Marielle: entenda quebra-cabeça que levou à prisão de supostos mandantes do crime
Delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, executor do crime, também revelou plano para matar ex-presidente da escola de samba Salgueiro
Um dia após as prisões de supostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), o Brasil Agora desta segunda-feira (25) repercute os bastidores da operação Murder Inc., deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesse domingo.
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A jornalista Nathalia Fruet traz detalhes do quebra-cabeça por trás da força-tarefa que mirou o deputado Chiquinho Brazão, recém-expulso do União Brasil, Domingos Brazão, irmão dele e conselheiro do Tribunal de Contas estadual, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do RJ. Os três seguem presos.
"Montaram quebra-cabeça baseados na delação de Ronnie Lessa", diz Fruet sobre os investigadores. O ex-policial militar, assassino confesso de Marielle e do motorista Anderson Gomes, citou na delação premiada os nomes dos irmãos Brazão e do delegado Barbosa como mentores do crime.
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"Pra dar credibilidade, usam paralelo com a ex-presidente do Salgueiro [Regina Celi], em que ele colaborou. Trazem informações para dar peso à delação", continuou a repórter.
Na delação, Lessa também afirmou ter sido contratado pelo bicheiro Bernardo Bello, atualmente foragido, para matar Celi, entre 2017 e 2018.
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