Caso Djidja: parentes usavam outro medicamento em rituais, diz polícia
Parentes da ex-Sinhazinha do Boi Garantido injetavam potenay, usado para crescer o tônus muscular de bovinos
Gabriel Abreu
A Polícia Civil de Manaus apontou que parentes da empresária Djidja Cardoso, ex-Sinhazinha do Boi Garantido encontrada morta no fim de maio, faziam uso de outro medicamento para animais, além da cetamina.
Os agentes encontraram frascos de potenay, droga veterinária hipertensiva para bovinos. O medicamento também aumenta o tônus muscular dos animais, elevando a pressão sanguínea. O uso humano pode causar danos irreversíveis à saúde.
Dez pessoas já foram presas após a morte da empresária. A suspeita é que Djidja tenha morrido por overdose de cetamina, droga aplicada durante os rituais religiosos da família, pela seita “Pai, Mãe, Vida”. O laudo preliminar aponta “depressão dos centros cardiorrespiratórios centrais bulbares” como causa da morte.
A defesa de Cleusimar Cardoso e Ademar Cardoso, mãe e irmão de Djidja, nega a existência da seita e afirma que os dois sofrem com o vício em drogas.
Entre os presos, além de Cleusimar e Ademar, estão José Máximo - dono de um pet shop na capital amazonense, que forneceria a droga à família -; Athos Silveira, personal trainer de Djidja; Bruno Roberto, ex-namorado da empresária; funcionários do pet shop que teriam fornecido a droga; e funcionários do salão de beleza que Djidja era sócia - eles são suspeitos de induzir a participação de outras pessoas na seita.