Tia de Djidja Cardoso nega que família tinha seita: "Imaginação dela"
A reportagem do SBT conversou, com exclusividade, com Cleomar Cardoso, que saiu em defesa da família e falou a respeito do vício dos familiares em cetamina
Claudiele Santos da Silva, uma das investigadas no caso da morte de Djidja Cardoso, ex-Sinhazinha do Boi Garantido, deixou a cadeia nesta quinta-feira (06), em Manaus.
A maquiadora recebeu o benefício por ter uma filha menor de idade e vai cumprir prisão domiciliar. Ela negou as denúncias que a envolvem na morte de Djidja, supostamente por overdose.
A reportagem do SBT conversou, com exclusividade, com Cleomar Cardoso, irmã de Cleusimar, mãe de Djidja, que está presa. Ela diz que a acusada foi responsável pela gravação dos filhos consumindo a cetamina, um anestésico veterinário que provoca alucinações, mas negou que a família faria parte de uma seita.
"Aqueles vídeos que estão mostrando para todo mundo é apenas o vício, a aplicação. Não é uma seita, isso foi uma imaginação da cabeça dela, uma imaginação", diz ela.
Além de Cleusimar, permanecem presos o irmão de Djidja, Ademar Cardoso, e os funcionários da rede de salões de beleza da ex-Sinhazinha, Verônica da Costa Seixas e Marlisson Vasconcelos Dantas.
A investigação aponta para o uso da cetamina em rituais de uma seita criada pela família Cardoso. A droga teria causado a morte de Djidja, em 28 de maio. Testemunhas, que já prestaram depoimento, contaram que havia pressão para que usassem a cetamina vendida nos salões.
Agora, a polícia tenta descobrir quem fornecia o anestésico à família Cardoso e conta com a ajuda do Conselho Regional de Veterinária.
"A gente estava avaliando quem eram as pessoas responsáveis por realizar essa distribuição. Poderia ser o próprio proprietário da clínica veterinária ou algum funcionário ligado a rede", diz Cícero Cardoso, delegado que investiga o caso.
A droga também é consumida em festas e baladas de Manaus. Um jovem, que não quis se identificar, falou sobre o vício. “Eu fui naquela curiosidade, porque eu via, as pessoas ficavam naquele êxtase, maravilhadas, curtindo muito, logo após usar, aí eu fui experimentar”, revela.