Djidja Cardoso: especialista alerta para o perigo da cetamina, droga que causou morte de empresária
Segundo as investigações, a substância, que não é vendida em farmácias, era consumida com frequência por Djidja e outros integrantes da família
A morte de Djidja Cardoso, a sinhazinha do Boi Garantido em Parintins, chamou a atenção para uso irregular da cetamina, droga que causou o óbito da empresária. O medicamento tem o poder de causar dependência.
Segundo as investigações, a substância, que não é vendida em farmácias, era consumida com frequência por Djidja e outros integrantes da família.
De acordo com Henrique Bottura, presidente Instituto de Psiquiatria Paulista, a droga causa intervenção no sistema nervoso central, na consciência, no humor, no sono a gente precisa de cuidados. O uso precisa ser administrado ser indicada com muito critério.
O que é cetamina?
A cetamina (também escrita como ketamina ou quetamina) é um fármaco de efeito anestésico, utilizado em humanos durante procedimentos cirúrgicos e como tranquilizante de animais de grande porte, como cavalos. Além disso, é usada como droga recreativa ilícita, por causa dos seus efeitos alucinógenos.
Também conhecida como "Special K", "Key", "Keta" ou "Keyla", a cetamina pode ser inalada, aplicada por meio de injeção ou fumada. Ela é considerada um anestésico dissociativo, ou seja, distorce a percepção da visão e do som, gerando alucinações e tendo potencial sedativo.
A droga "desliga" o usuário e, por isso, é muito utilizada em golpes como o "Boa noite, Cinderela". A cetamina pode dificultar a mobilidade, causar taquicardia e pressão alta, náusea, vômito, depressão, amnésia, alucinações e problemas respiratórios potencialmente fatais.
O que se sabe até o momento sobre o caso Djidja Cardoso?
- Djidja foi encontrada morta, no quarto de casa, com indícios de uso prolongado da droga. Os suspeitos tentaram fugir e, durante a prisão, a polícia encontrou ampolas e seringas;
- Suspeitos presos tinham marcas de necrose no corpo, por conta da aplicação da droga;
- Polícia investiga o caso há 40 dias, após o pai da companheira de Ademar encontrar a filha dopada. Há a suspeita de crimes sexuais, como estupro de vulnerável, violência física, e um caso de aborto;
- Verônica Seixas, gerente de um dos salões de beleza onde Djidja era sócia, também foi presa. Ela é suspeita de induzir outras pessoas a participarem dos rituais;
- Outros funcionários do salão, que estavam foragidos, se entregaram no último final de semana. Claudiele Silva e Marlisson Dantas também são suspeitos de induzirem a participação no grupo. Defesa de Marlisson diz que o cliente é inocente; advogado de Claudiele cita “falta de provas contundentes”;
- 10 pessoas foram ouvidas pela polícia, entre familiares da vítima, dos suspeitos e dos presos, além de outros funcionários, tanto do salão, quanto da clínica que forneceria a droga de forma ilegal.