Atentado ao STF: Seguranças da Corte prestam depoimento à PF neste sábado (16)
Polícia já ouviu também dona de casa alugada em Ceilândia e proprietário de loja de fogos de artifício
A Polícia Federal (PF) segue com as investigações sobre o ataque com explosivos ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), na última quarta-feira (13). Na manhã deste sábado (16), três testemunhas foram ouvidas.
Os depoimentos aconteceram na sede da PF. Dois seguranças do Supremo depuseram. Um deles foi o primeiro a se aproximar do chaveiro Francisco Wanderley Luiz, responsável pelo atentado, momentos antes da explosão.
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Também foi ouvido um sargento do Batalhão de Policiamento com Cães da Polícia Militar. Ele viu o momento que as bombas explodiram.
Investigações
As investigações apontam que Francisco Wanderley arquitetou por meses o ataque na Praça dos Três Poderes. A PF investiga o caso como um ato terrorista e tenta desvendar se ele agiu sozinho. A perícia do celular do homem-bomba está em andamento.
A PF também ouviu a dona da casa que ele alugava em Ceilândia, que fica a cerca de 30 km do Centro de Brasília, e o comerciante que vendeu fogos de artifício para Wanderley. Imagens de câmeras de segurança mostram o chaveiro no balcão da loja, no dia 5 de novembro. Ele gastou cerca de R$ 1.500 em materiais.
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Depois do atentado, agentes foram até a casa alugada pelo homem-bomba, onde encontraram caixa de rojões, pregos e tubos de PVC, que teriam sido usados na confecção dos artefatos utilizados tanto no ataque ao STF, quanto no carro que explodiu em um anexo da Câmara dos Deputados.
Francisco Wanderley também deixou, em uma gaveta, uma bomba que foi detonada por um robô da polícia, durante a revista no imóvel alugado.
Após o atentado, a Polícia Legislativa da Câmara estuda mudanças nos protocolos de segurança da Casa. Uma das ideias é restringir a entrada na Chapelaria apenas para as autoridades. Desde os ataques de 8 de janeiro de 2023, todas as entradas do Congresso possuem detectores de metais e raio-x.