Polícia Federal vai pedir quebra de sigilo de autor dos ataques em Brasília
Supremo Tribunal Federal vai analisar pedido de sigilo fiscal, bancário e telemático de Francisco Wanderley Luiz
A Polícia Federal (PF) vai solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telemático — de telefones e computadores — de Francisco Wanderley Luiz, autor do atentado na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Os peritos responsáveis pelas investigações do caso — que está sendo tratado como ato terrorista — já estão com o celular do ex-candidato a vereador e tentam acessar o conteúdo do aparelho. Cabe ao STF conceder a autorização para a quebra do sigilo de outros equipamentos de Wanderley.
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As mensagens podem ser determinantes para os agentes identificarem se o homem agiu sozinho ou contou com ajuda de alguém nas explosões. Parentes e outras pessoas próximas de Wanderley também já estão sendo ouvidas.
O corpo do autor do atentado já foi periciado, mas a liberação só pode ser feita após a emissão de documentos como laudo e atestado de óbito. A expectativa é que o corpo chegue em Santa Catarina na segunda-feira (18).
Imagens que mostram o trajeto percorrido por ele antes do ocorrido também estão sendo recuperadas pela polícia.
Além disso, os agentes federais colhem depoimentos de pessoas que já tiveram contato com o homem para saber como ele estava sobrevivendo em Brasília sem exercer sua a profissão, e apura se Wanderley recebeu ajuda financeira.
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Na noite da última quarta-feira (13), Francisco Wanderley Luiz detonou explosivos próximo à sede do Supremo e se matou com um deles. O autor das explosões tinha 59 anos e era chaveiro em Rio do Sul (SC). Em 2020, ele se candidatou a vereador pelo PL, sob o nome "Tiu França", mas obteve apenas 98 votos e não foi eleito.