Explosão em Brasília: Bolsonaro vê "ato isolado" e pede "pacificação" na política
Ex-presidente, investigado por atos golpistas de 8 de janeiro, pediu "ambiente adequado para que as diferentes ideias possam se confrontar pacificamente"
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou uma nota no X, ex-Twitter, sobre a explosão de bombas na Praça dos Três Poderes, na noite de quarta-feira (13). No texto, Bolsonaro diz que já “passou da hora de o Brasil voltar a cultivar um ambiente adequado para que as diferentes ideias possam se confrontar pacificamente, e que a força dos argumentos valha mais que o argumento da força”.
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Na postagem, intitulada “pela pacificação”, o ex-presidente diz que lamenta e repudia qualquer ato de violência. “Apesar de configurar um fato isolado, e ao que tudo indica causado por perturbações na saúde mental da pessoa que, infelizmente, acabou falecendo, é um acontecimento que nos deve levar à reflexão”, afirma Bolsonaro. O autor do ato, Francisco Wanderley Luiz, foi candidato a vereador pelo PL em 2020.
O ex-presidente Jair Bolsonaro é investigado em inquérito na Polícia Federal pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2022, quando apoiadores de sua gestão invadiram e depredaram o Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. Ele também é investigado por disseminar informações falsas contra as urnas eletrônicas e por suspeita de participar da organização de um golpe contra o Estado democrático de Direito.
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No tuíte publicado na manhã desta quinta-feira (14), Bolsonaro defendeu as instituições. “A defesa da democracia e da liberdade não será consequente enquanto não se restaurar no nosso país a possibilidade de diálogo entre todas as forças da nação”, escreveu. “E as instituições têm um papel fundamental na construção desse diálogo e desse ambiente de união.”
PSDB vê risco do radicalismo
“As explosões em plena Praça dos Três Poderes, em Brasília, provocadas por um extremista, são sinais de que mais do que nunca nosso país precisa de moderação”, diz nota publicada pela Executiva Nacional do PSDB.
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A cúpula tucana atribui o radicalismo da extrema direita ao “extremismo da esquerda”. “A bomba no aeroporto de Brasília em dezembro de 2022, os ataques às instituições em 8 de janeiro de 2023 e agora esse atentado terrorista — devemos chamá-lo assim! — de 13 de novembro de 2024 são frutos da irracionalidade extremista de direita regada pelo extremismo de esquerda”, afirma o texto, que pede um combate ao extremismo, ao radicalismo e à polarização dos extremos.