MC Poze do Rodo vira réu por tortura contra ex-empresário, mas Justiça nega pedido de prisão
Outras seis pessoas vão responder por agressões contra Renato Antonio Medeiros, que gerenciava carreira do artista

SBT News
A Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou o MC Poze do Rodo e outras seis pessoas réus por tortura contra Renato Antonio Medeiros, ex-empresário do artista.
Além de Poze, também se tornaram réus no processo Fábio Gean Ferreira da Silva, conhecido como Loirinho; Leonardo da Silva de Melo, o Leo; Matheus Ferreira de Castilhos, o Tiza; Maurício dos Santos da Silva; Rafael Souza de Andrade, chamado de Casca; e Richard Matheus da Silva Sophia.
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O Ministério Público chegou a solicitar a decretação da prisão preventiva dos denunciados, mas o pedido foi negado pela Justiça.
Também foi negado o requerimento feito no relatório final do inquérito policial, que pedia o sequestro de bens de Poze no valor mínimo de R$ 300 mil, quantia destinada a garantir uma possível indenização por danos morais e materiais ao ex-empresário.
Em nota, a defesa do cantor afirmou que acredita que Poze "será inocentado de todas as acusações" e classifica o pedido de prisão como "inusitado e incabível".
O caso
Segundo a denúncia, divulgada pelo MPRJ com mais detalhes nesta sexta-feira (1º), a vítima foi submetida a intensas agressões físicas e psicológicas na residência de MC Poze, em Vargem Grande, visando forçar uma confissão sobre um suposta roubo de parte de uma pulseira de ouro.
Mesmo após a devolução do objeto, o homem teria sido mantido em cárcere privado por aproximadamente uma hora e meia, sendo que, durante esse período, sofreu socos, chutes, queimaduras com cigarros acesos e golpes com uma arma artesanal feita de madeira e pregos.
Ainda segundo o órgão, as agressões foram cometidas de forma coordenada, com participação ativa de diversos envolvidos, e resultaram em fraturas, lesões extensas e deformidades permanentes, conforme comprovado por laudo pericial.