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Polícia

Exclusivo: Depoimentos revelam histórico de desequilíbrio de policial que atirou na namorada no Rio

Inspetor apresentava sinais de transtorno mental e mantinha relacionamento abusivo; ele atirou também contra outros policiais e acabou morto

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O policial civil Vinícius Silva de Souza atirou contra a namorada e outros policiais que estavam na Delegacia da Mulher no RJ | Reprodução
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O SBT Brasil teve acesso exclusivo a depoimentos sobre o policial civil Vinícius Silva de Souza, de 29 anos, que atirou contra a namorada, a também policial civil Viviane Maia da Rosa, de 33 anos, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na última terça-feira (4). Os relatos revelam um histórico de desequilíbrio emocional e um relacionamento abusivo.

Vinícius disparou quatro vezes contra Viviane antes de ser baleado por colegas de trabalho. Ele foi socorrido, mas não resistiu e morreu antes de dar entrada no hospital. Viviane passou por cirurgia e segue internada. A pedido da família, o hospital não divulgou informações sobre seu estado de saúde.

A polícia suspeita que Vinícius tenha sofrido um surto psicótico. A investigação revelou que, na mochila do inspetor, havia medicamentos utilizados no tratamento da esquizofrenia, um transtorno mental caracterizado pela perda de contato com a realidade.

Histórico de instabilidade

O pai de Vinícius relatou que, nos últimos dias, percebeu o filho mais introspectivo, triste e com comportamento estranho. Ele chegou a sugerir que procurasse um médico, mas o inspetor rejeitou a ideia, afirmando que não estava "maluco".

Um cartão de uma clínica neurológica indica que o policial havia buscado atendimento médico e possuía um retorno agendado para o final do mês.

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Já a mãe de Viviane afirmou que havia conhecido Vinícius poucos dias antes do crime e que ele não demonstrava comportamento anormal.

No entanto, uma amiga da vítima declarou que o relacionamento do casal era abusivo e que Viviane relatava crises de paranoia do namorado. Em um dos episódios, Vinícius interpretou uma figurinha de WhatsApp como uma indireta, e reagiu agressivamente.

A amiga aconselhou Viviane a pedir uma medida protetiva de urgência, temendo que algo grave acontecesse, já que ele tinha porte de arma. No entanto, a vítima teria preferido apenas se afastar.

Outras testemunhas afirmaram que, no dia do crime, Vinícius estava transtornado. Antes dos disparos, Viviane chegou a pedir que não o deixassem ir até a sala dela.

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Um policial que estava no local relatou ter ouvido pelo menos dez disparos e, em seguida, gritos de alerta sobre Vinícius atirando contra Viviane.

Falha na aprovação do policial

Agora, a Corregedoria da Polícia Civil investiga como Vinícius foi aprovado na corporação, mesmo após ser reprovado no exame psicotécnico — avaliação que mede habilidades mentais e cognitivas.

O policial recorreu da decisão, apresentando um laudo que atestava sua aptidão mental, o que lhe permitiu ingressar na instituição.

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