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Vice-primeiro-ministro do Camboja diz que país indicará Trump ao Prêmio Nobel da Paz

O motivo seria o papel do presidente norte-americano na resolução do conflito com a Tailândia

Imagem da noticia Vice-primeiro-ministro do Camboja diz que país indicará Trump ao Prêmio Nobel da Paz
Washington reduziu a tarifa para 19% ao país | REUTERS/Kent Nishimura
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O vice-primeiro-ministro do Camboja, Sun Chanthol, afirmou que o país pretende indicar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para o Prêmio Nobel da Paz. O motivo da indicação seria a intervenção direta de Trump para interromper o recente conflito do país do sudeste asiático com a Tailândia.

Questionado por mensagem de texto para confirmar o plano do Camboja de indicar Trump para o prêmio, Chanthol respondeu: "Sim".

Em conversa com repórteres na capital Phnom Penh, Sun Chanthol agradeceu a Trump por trazer a paz e disse que ele merecia ser indicado para o prêmio, um reconhecimento internacional para pessoas ou organizações que se destacaram na promoção da paz e da fraternidade entre as nações.

Em junho, o Paquistão afirmou que indicaria Trump para o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho em ajudar a resolver um conflito com a Índia. Já no começo de julho, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, contou que havia indicado Trump para receber o reconhecimento.

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Foi um apelo do presidente norte-americano na semana passada que quebrou um impasse nos esforços para acabar com os combates mais pesados entre a Tailândia e o Camboja em mais de uma década, levando a um cessar-fogo negociado na Malásia na segunda (28), informou a Reuters.

Após o anúncio da trégua, a porta-voz da Casa Branca Karoline Leavitt disse em um post no X que Trump fez isso acontecer.

"Deem a ele o Prêmio Nobel da Paz!", declarou ela.

Disputa territorial

O conflito entre Tailândia e Camboja já dura mais de um século e envolve áreas não demarcadas ao longo dos 817 km da fronteira entre os dois países. Ao longo dos anos, esse impasse já resultou em diversos confrontos, com dezenas de mortes registradas.

Pelo menos 43 pessoas foram mortas nos ataques, que começaram na manhã do dia 24 de junho e duraram cinco dias – o pior conflito entre os vizinhos do sudeste asiático em 13 anos. Mais de 300 mil pessoas foram deslocadas em ambos os lados da fronteira.

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Cessar-fogo

Na segunda (28), os líderes da Tailândia e do Camboja concordaram em implementar um cessar-fogo imediato e incondicional valendo a partir da meia-noite (horário local) de 28 de julho de 2025. A reunião foi realizada em Putrajaya, centro-administrativo da Malásia, e definiu os próximos passos da desescalada do conflito e da retomada das comunicações entre os países.

"Reconhecemos os grandes esforços dele [Trump] pela paz", disse Chanthol, também principal negociador comercial do Camboja, acrescentando que seu país estava grato por uma tarifa reduzida de 19%.

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Inicialmente, Washington havia ameaçado com uma tarifa de 49%, mas mais tarde, reduziu-a para 36%, um nível que teria dizimado o setor vital de vestuário e calçados do Camboja, disse Chanthol à Reuters em entrevista.

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