Confronto entre Tailândia e Camboja deixa ao menos 12 mortos em fronteira
Combates representam uma escalada nas tensões históricas envolvendo a região e provoca nova crise diplomática
SBT News
com informações da Reuters
Ao menos 12 pessoas morreram nos confrontos entre tropas da Tailândia e do Camboja, na fronteira disputada entre os dois países. Os combates representam uma escalada nas tensões históricas envolvendo a região.
De acordo com o Exército tailandês, a maioria das vítimas era de civis, incluindo uma criança de oito anos e um adolescente de 15, de quatro províncias do país. Várias pessoas ficaram feridas. Até o momento, o governo cambojano não confirmou se houve mortos ou feridos em seu território.
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A troca de tiros começou no início da manhã de quinta-feira (24) e rapidamente evoluiu. Segundo autoridades, o Camboja disparou foguetes, enquanto a Tailândia respondeu com ataques aéreos contra alvos militares cambojanos.
Como medida de segurança, a Tailândia fechou a fronteira e ordenou a evacuação de cerca de 40 mil civis para locais mais seguros. Em resposta à ofensiva, o Camboja reduziu o nível das relações diplomáticas com a Tailândia, acusando o país vizinho de uso “excessivo da força”.
Disputa territorial
A disputa territorial entre Tailândia e Camboja já dura mais de um século e envolve áreas não demarcadas ao longo dos 817 km da fronteira entre os dois países. Ao longo dos anos, esse impasse já resultou em diversos confrontos, com dezenas de mortes registradas, como em 2011, durante uma semana de intensos bombardeios.
O agravamento das tensões começou oficialmente em 2008, quando o Camboja tentou registrar como Patrimônio Mundial da Unesco um templo do século XI localizado em território contestado. A iniciativa gerou forte reação da Tailândia e marcou o início de uma fase mais agressiva do conflito.
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Desde então, os confrontos se tornaram esporádicos, envolvendo tanto militares quanto civis. Em maio, a morte de um soldado cambojano durante uma breve troca de tiros reacendeu os ânimos, resultando em uma grave crise diplomática e, agora, em combates armados.
