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União Europeia não deve retaliar tarifas de 30% dos EUA até agosto

Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen reiterou preferência por negociação, mas disse ter medidas preparadas caso não haja acordo

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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von de Leyen. | Reprodução/Reuters
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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse neste domingo (13) que a União Europeia busca uma solução negociada para o comércio com os Estados Unidos e deve suspender até o início de agosto a imposição de retaliações ao país.

No sábado (12), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifa de 30% para as importações do bloco europeu.

"Sempre fomos muito claros ao dizer que preferimos uma solução negociada. Isso continua sendo verdade, e vamos usar o tempo que temos até 1º de agosto", afirmou. "E, no segundo caminho, desde o início, trabalhamos e agora estamos prontos para responder com medidas compensatórias. Nos preparamos para isso e podemos reagir, se necessário."

Segundo a líder europeia, além das negociações com os EUA, o bloco também deve focar em diversificar suas relações comerciais. Neste domingo, von der Leyen anunciou um acordo político para um tratado de livre comércio com a Indonésia.

"Os Estados Unidos nos enviaram uma carta com medidas que entrarão em vigor caso não haja uma solução negociada. Por isso, também vamos estender a suspensão das nossas medidas compensatórias até o início de agosto", disse von der Leyen. "Mas, ao mesmo tempo, continuaremos preparando as medidas, para estarmos totalmente prontos".

Tarifaço dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no sábado (12) tarifas de 30% sobre importações da União Europeia e do México. A medida está prevista para entrar em vigor em 1° de agosto – assim como as tarifas de 50% impostas ao Brasil.

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Em cartas publicadas na rede Truth Social e endereçadas à presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, e à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Trump diz que as taxas foram estipuladas para corrigir os "grandes e insustentáveis" déficits comerciais dos Estados Unidos com o país vizinho e o bloco de 27 países.

No caso do México, Trump também associou a nova tarifa com o que ele afirma ser a incapacidade do país de conter o fluxo de fentanil para os Estados Unidos.

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"Apesar do nosso forte relacionamento, vocês devem se lembrar que os EUA impuseram tarifas ao México para lidar com a crise de fentanil em nosso país — crise que é causada, em parte, pela falha do México em impedir que os cartéis despejem essas drogas em nosso território. O México tem me ajudado a proteger a fronteira, MAS o que o México fez não é suficiente", declarou.

Em relação à tarifação sobre a União Europeia, Trump voltou a reclamar dos déficits comerciais "grandes e persistentes" causados pelas políticas tarifárias do bloco.

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"Tivemos anos para discutir nossa relação comercial com a União Europeia e concluímos que precisamos nos afastar desses déficits comerciais de longo prazo, grandes e persistentes, gerados por suas políticas tarifárias, não tarifárias e barreiras comerciais. Nossa relação tem sido, infelizmente, longe de ser recíproca", afirmou o presidente.

O texto das cartas tem o mesmo teor da que foi enviada ao primeiro-ministro canadense, Mark Carney, na sexta-feira (11), na qual Trump anunciou tarifas de 35% sobre as importações do país aos EUA, e se somam a outras 20 medidas retaliatórias anunciadas pelo presidente norte-americano somente nesta semana.

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Entre os países atingidos pelas novas tarifas estão: Brasil (50%), Sri Lanka (30%), Líbia (30%), Iraque (30%), Algéria (30%), Moldávia (25%), Brunei (25%), Manila (20%), Bósnia (30%), Tailândia (36%), Camboja (36%), Sérvia (35%), Bangladesh (35%), Indonésia (32%), Tunísia (25%), Mianmar (40%), Laos (40%), África do Sul (30%), Cazaquistão (25%), Kuala Lumpur (25%), Coreia do Sul (25%) e Japão (25%).

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