Lula diz que vai levar jabuticaba para Trump: "Não precisa de briga tarifária"
Vídeo publicado nas redes sociais da primeira-dama Janja da Silva faz referência a tarifaço anunciado pelo presidente dos EUA ao Brasil

Paola Cuenca
O presidente Lula (PT) disse, neste domingo (13), que levará jabuticaba ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, porque assim o norte-americano "vai perceber que o cara que come jabuticaba de manhã, num país que só ele dá jabuticaba, não precisa de briga tarifária. Precisa de muita união e de muita relação diplomática".
A fala está em vídeo publicado nas redes sociais da primeira-dama Janja da Silva. Lula aparece vestindo jaqueta do uniforme da seleção olímpica de 2024, em frente à jabuticabeira plantada por ele no Palácio da Alvorada durante o segundo mandato presidencial. O petista ainda diz duvidar que quem come jabuticaba de manhã "fique de mau humor".
Na última quarta-feira (9), Donald Trump publicou uma carta nas redes sociais, endereçada a Lula, em que anuncia o acréscimo de tarifa de importação de 50% a todos os produtos brasileiros que acessarem o solo norte-americano a partir de 1º de agosto.
No texto, o republicano pede que o julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja encerrado "imediatamente" e atribui o tarifaço, em parte, às decisões emitidas pela Suprema Corte sobre retirada de perfis de usuários de redes sociais.
+ Nova lei de Trump deve deixar visto para os EUA R$ 1,4 mil mais caro
O governo ainda não definiu como responderá à elevação das taxas de importação, mas Lula e ministros têm repetido que a Lei de Reciprocidade Econômica pode ser utilizada.
Neste domingo (13), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que o decreto que regulamenta a lei deve ser publicado até terça-feira (15). A medida é necessária para que órgãos internos do governo tenham prazos e regras estabelecidas para implementação das possíveis respostas a serem adotadas, o que inclui possíveis aplicações de tarifas e taxas extras a produtos importados e restrição às importações de bens e serviços.
Desde o anúncio do tarifaço, o governo tem trabalhado em campanhas publicitárias que ressaltam a defesa à soberania nacional. Mídias veiculadas nas redes sociais afirmam que o nome do país deve ser escrito com "S de soberania", em alusão à grafia em inglês, que troca a letra "S" por "Z".