Ataques a ônibus: mais quatro coletivos são vandalizados em São Paulo
Casos aconteceram neste domingo (13) nas regiões oeste e sul da cidade da capital paulista

Agência SBT
Pelo menos quatro ônibus foram alvos de ataques entre a tarde e a noite deste domingo (13), nas zonas sul e oeste da cidade de São Paulo. As ocorrências aconteceram em vias como a Avenida Cupecê, na região do Jabaquara, e também em trechos movimentados de bairros como Capão Redondo e Rio Pequeno. Apesar dos estragos, não houve registro de feridos nas ocorrências.
Os episódios se somam a uma série de incidentes semelhantes que vêm ocorrendo desde o início de junho, elevando a preocupação com a segurança no transporte coletivo.
+ Ataques a ônibus mudam rotina de passageiros e geram prejuízo de R$ 16 mil por dia em SP
De acordo com dados reunidos por diferentes órgãos, os números impressionam: desde o início de junho, mais de 700 veículos foram alvo de depredações na Grande São Paulo.
Segundo a SPTrans, desde 12 de junho foram 374 coletivos danificados. Já a SPUrbanos, sindicato das empresas de transporte da capital, contabilizou 412 veículos depredados entre 1º de junho e 5 de julho, e 855 desde o início do ano. A Artesp, responsável pelas rodovias paulistas, registrou 246 ocorrências até o dia 8 de julho na Região Metropolitana.
Um relatório elaborado pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) divulgado na quinta-feira (10), relatava que entre 21 de maio e 5 de julho foram feitos 191 boletins de ocorrência sobre esse tipo de ataque.
A Avenida Cupecê concentra o maior número de ataques, com 85 ocorrências. Outros ataques também foram registrados com recorrência em outras vias movimentadas, como Senador Teotônio Vilela, Sapopemba, Corifeu de Azevedo Marques, Interlagos, Faria Lima e Engenheiro Armando de Arruda Pereira, além da Rodovia Raposo Tavares.
Entre as empresas mais afetadas estão a Mobibrasil (40 casos), Transpass (28), Viação Grajaú (26) e Gatusa (13).
Para a Polícia Civil, há indícios de que os ataques tenham relação com a saída da empresa Transwolff do sistema municipal, oficializada em 12 de junho. A companhia é investigada por uma suposta ligação com o crime organizado, e as autoridades não descartam a hipótese de que os ataques sejam uma resposta coordenada à mudança.
Até o momento, sete suspeitos foram presos, mas a motivação oficial ainda não foi confirmada pelas autoridades.