Ucrânia aprova lei para aumentar recrutas e preencher linha de frente contra Rússia
Decisão acontece em meio ao aumento da ofensiva russa no país
O Parlamento da Ucrânia aprovou, nesta quinta-feira (11), a lei que endurece a mobilização para as Forças Armadas. A medida, discutida há meses, ganhou força após o pedido do antigo comandante do Exército, Valeri Zaluzhny, que afirmou que a Ucrânia precisa de 500 mil novos recrutas para aumentar a linha de frente contra a Rússia.
A lei traz uma série de mudanças ao sistema de recrutamento atual. Entre as alterações, por exemplo, está a obrigatoriedade de inscrição no serviço militar para homens que integram a segurança pública. O mesmo é exigido para aqueles que querem ingressar em cargos públicos, que deverão cumprir um ano de instrução militar básica.
A mudança na mobilização acontece em meio ao aumento da ofensiva russa no país. Como o exército vem sofrendo com a escassez de armamento e o baixo número de soldados, os russos começaram a pressionar as forças ucranianas. Em fevereiro, os russos conquistaram a cidade de Avdiivka – o primeiro ganho territorial desde 2023.
Desde então, as tropas russas estão avançando, mesmo que lentamente, no campo de batalha, resultando num cenário positivo para o Kremlin. Sergei Shoigu, ministro da Defesa, afirmou que irá reforçar as forças militares na Ucrânia, adicionando dois novos exércitos combinados e 30 novas formações, incluindo 14 divisões e 16 brigadas.
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O temor de um avanço maior da Rússia está fazendo com que o presidente Volodymyr Zelensky aumente os apelos para que parceiros ocidentais forneçam mais armas e apoio financeiro. "A tarefa atual do mundo é derrubar a fantasia doentia do [presidente russo Vladimir] Putin de ter tempo suficiente para continuar a guerra. É possível que ele intensifique a mobilização", disse o líder.