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Trump ameaça Europa com tarifas e provoca reação global

Após acordo com Canadá e México, governo dos EUA impõe sobretaxas à China e mira União Europeia

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A recente decisão do governo de Donald Trump de sobretaxar produtos chineses em 10% e ameaçar tarifas sobre países da União Europeia gerou reações imediatas no cenário internacional.

O anúncio ocorreu antes de os Estados Unidos (EUA) fecharem acordos com Canadá e México, que adiaram a aplicação de mais tarifas aos dois países. No entanto, a escalada protecionista de Trump causou impactos negativos nos mercados asiáticos. No primeiro dia da bolsa de Hong Kong após o Ano Novo Lunar, o clima era de apreensão, refletindo a queda nos principais índices acionários da região.

+ Primeiro-ministro do Canadá anuncia acordo com Trump e suspensão de tarifas

A China já declarou que vai recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) para questionar a medida. "Não há vencedor em uma guerra comercial", afirmou o embaixador chinês nas Nações Unidas.

União Europeia também pode ser alvo

A política tarifária de Trump não se limita à China. O presidente dos EUA classificou como "uma atrocidade" o fato de os Estados Unidos importarem mais do que exportam para o bloco europeu. Em 2023, o superávit da UE no comércio com os EUA foi de US$ 51,8 bilhões.

Na Europa, o receio de uma guerra comercial refletiu no desempenho das bolsas de valores. Além disso, os líderes dos 27 países da União Europeia já tinham um encontro agendado para debater defesa militar. Tradicionalmente, as preocupações do bloco estavam voltadas para Rússia e China, mas agora os Estados Unidos também surgem como um fator de instabilidade.

Após uma reunião na sede da OTAN, o secretário-geral da organização, Mark Rutte, destacou que os países europeus precisarão investir mais em defesa para reduzir a dependência dos EUA.

+ “Produzam seus produtos nos EUA ou terão de pagar tarifas”, diz Trump em Davos

Mas a retaliação europeia pode vir rapidamente. O presidente francês, Emmanuel Macron, declarou que "se formos atacados, a Europa terá que impor respeito e reagir". O chanceler alemão, Olaf Scholz, alertou que tarifas sobre produtos europeus seriam prejudiciais tanto para a Europa quanto para os Estados Unidos.

Por enquanto, o Reino Unido não está incluído na lista de possíveis alvos das novas tarifas, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, preferiu evitar a discussão. Em tempos de incerteza global, manter aliados pode ser tão importante quanto evitar novos inimigos.

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