Revista Time elege “arquitetos da inteligência artificial" como Personalidade do Ano
Revista reúne executivos, pesquisadores e investidores que moldam o avanço da IA; publicação alerta para ritmo acelerado e riscos da revolução tecnológica


Vicklin Moraes
A revista Time anunciou, nesta quinta-feira (11), que os “arquitetos da inteligência artificial (IA)” foram escolhidos como a Personalidade do Ano, destacando que o trabalho de líderes no desenvolvimento da tecnologia está transformando a humanidade e redefinindo os rumos da inovação.
A ilustração da capa reúne nomes centrais do ecossistema global de IA: Mark Zuckerberg (Meta), Lisa Su (AMD), Elon Musk (xAI), Jensen Huang (Nvidia), Sam Altman (OpenAI), Demis Hassabis (Google DeepMind), Dario Amodei (Anthropic) e Fei-Fei Li, pesquisadora da Universidade Stanford conhecida como a “madrinha” da IA.
Além dos modelos populares, como ChatGPT e Claude, a Time também destacou figuras que impulsionaram financeiramente o setor, como Masayoshi Son, CEO do SoftBank, responsável por injetar bilhões de dólares na área.
Uma das duas capas da edição faz referência à célebre fotografia de 1932 que mostra operários sentados em uma viga suspensa durante a construção de um arranha-céu em Nova York, reinterpretada agora com os protagonistas da revolução da inteligência artificial.
Para a revista, 2025 marcou o momento em que o potencial da IA “rugiu em vista”, deixando claro que não há retorno possível para antes dessa transformação. “Seja qual for a pergunta, a IA era a resposta”, afirmou a Time. A publicação ressalta como a tecnologia acelera pesquisas médicas, aumenta a produtividade e torna possíveis feitos antes considerados inalcançáveis — ao mesmo tempo em que dominou o noticiário e acendeu debates sobre seus impactos sociais, éticos e econômicos.
A Time também cita avanços recentes que parecem “mágicos”, como experimentos que sugerem comunicação com baleias e a resolução de um problema matemático que estava sem solução há 30 anos. Os modelos, afirma a revista, evoluem a um ritmo explosivo, realizando em segundos tarefas que exigiam horas de trabalho humano.
Mas a publicação também faz alertas: o consumo de energia dos sistemas pressiona recursos naturais, empregos estão sendo eliminados, a desinformação avança e ciberataques podem ser executados sem intervenção humana. “As empresas de IA estão amarradas à economia global numa aposta de proporções épicas”, conclui a Time.









