TikTok ficará fora do ar nos EUA caso lei que força venda da operação da rede social não seja suspensa
Interrupção das atividades da plataforma passaria a valer no país a partir deste domingo (19)
SBT News
O TikTok confirmou, na sexta-feira (17), que “será forçado a ficar fora do ar” nos Estados Unidos caso o presidente Joe Biden não suspenda a aplicação da lei que força a venda da operação da rede social no país. A interrupção das atividades da plataforma passaria a valer a partir deste domingo (19), afetando mais de 170 milhões de usuários americanos.
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Em nota divulgado em seu site oficial, o TikTok defendeu que "o governo Biden forneça imediatamente uma declaração definitiva para satisfazer os provedores de serviço mais críticos, garantindo a não aplicação da lei".
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O posicionamento vem após a Suprema Corte dos EUA concluir na sexta-feira (17) que a lei que força a venda do TikTok, atualmente controlado pela empresa chinesa Bytedance, é válida e não viola a Primeira Emenda da Constituição americana, que garante liberdade de expressão para usuários nos país.
A decisão americana ocorre em meio a uma agitação política incomum do presidente eleito Donald Trump, que declarou que poderia negociar uma solução, e de Biden, que sinalizou que não aplicará a lei a partir de domingo, seu último dia completo no cargo.
A disputa sobre os laços do TikTok com a China passou a representar a competição geopolítica entre Washington e Pequim.
Os EUA disseram estar preocupados com o TikTok coletando vastas faixas de dados de usuários, incluindo informações sensíveis sobre hábitos de visualização, que podem cair nas mãos do governo chinês por meio de coerção. As autoridades também alertaram que o algoritmo que alimenta o que os usuários veem no aplicativo é vulnerável à manipulação pelas autoridades chinesas, que podem usá-lo para moldar o conteúdo na plataforma de uma forma difícil de detectar.
O TikTok ressalta que os EUA não apresentaram evidências de que a China tentou manipular conteúdo em sua plataforma americana ou coletar dados de usuários americanos por meio do TikTok.
*Com informações da Associated Press