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Situação de mães e bebês na Faixa de Gaza "nunca foi tão ruim", diz Unicef

Recursos médicos de hospitais estão se esgotando; OMS alertou que sistema de saúde está à beira do colapso

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Bebê prematuro que seria transferido para o sul de Gaza | 3/10/2025/Reuters/Ebrahim Hajjaj
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Mães e bebês recém-nascidos na Faixa de Gaza enfrentam condições terríveis, com o hospital Nasser, no sul do enclave, sobrecarregado de pacientes que fogem do norte e os recursos médicos estão se esgotando, disse o Unicef nesta sexta-feira (3).

"A situação das mães e dos recém-nascidos em Gaza nunca foi tão ruim. No hospital Nasser, estamos vendo os corredores do hospital repletos de mulheres que acabaram de dar à luz", afirmou o porta-voz do Unicef James Elder a repórteres em Genebra, via link de vídeo de Gaza.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta sexta que o sistema de saúde está à beira do colapso.

O médico Rik Peeperkorn, representante da OMS para o Território Palestino Ocupado, afirmou que nunca tinha visto o hospital Nasser tão lotado, à medida que os pacientes fogem da Cidade de Gaza – que está no centro da ofensiva militar ampliada de Israel – em direção ao sul do enclave.

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Israel disse a toda a população de um milhão de habitantes da Cidade de Gaza que se dirigisse para o sul, pois está montando uma das maiores ofensivas da guerra neste mês, prometendo eliminar os combatentes do Hamas no que afirma ser seus últimos bastiões na maior área urbana de Gaza.

"Em todos os corredores, você vê colchões e pacientes no chão. Há um grande aumento", declarou Peeperkorn, acrescentando que um grande número de pacientes está vindo do norte.

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Apenas 14 dos 36 hospitais de Gaza continuam funcionando parcialmente, de acordo com a OMS.

Elder descreveu mães e seus filhos recém-nascidos deitados no chão no hospital Nasser, e também relatou ter visto três bebês prematuros compartilhando uma única fonte de oxigênio.

"Eles compartilhavam 20 minutos cada. As outras duas crianças choram enquanto a terceira criança recebe o oxigênio por 20 minutos", disse Elder.

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A OMS afirma que há uma grande escassez de suprimentos médicos.

"Vemos uma rápida diminuição de itens essenciais, como kits de curativos, gazes... mas também tudo relacionado a suprimentos de sangue e kits de transfusão", disse Peeperkorn, relatando problemas contínuos.

Israel alega que não há limite quantitativo para a entrada de ajuda em Gaza e acusa o Hamas, com o qual está em guerra há quase dois anos, de roubar a ajuda – acusações que o grupo militante palestino nega.

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