Serviço Secreto americano fez ajustes na segurança de Kamala Harris, diz diretora
Vice-presidente é principal cotada para assumir lugar deixado por Biden
A diretora do Serviço Secreto americano, Kimberly Cheatle, afirmou nesta segunda-feira (22) que a agência fez ajustes na segurança em torno da vice-presidente Kamala Harris assim que o presidente Joe Biden anunciou, no domingo (21) à tarde, sua desistência de disputar a reeleição em 2024.
“Ontem, com o anúncio de que o presidente não estaria mais concorrendo, fizemos ajustes nos detalhes da vice-presidente”, disse Cheatle, durante testemunho ao Comitê de Supervisão da Câmara sobre o atentado contra o ex-presidente Donald Trump, candidato republicano à presidência, que aconteceu em comício na semana anterior. + Quem é Kamala Harris, apontada por Biden para substituí-lo na eleição dos EUA Kamala ainda não foi oficializada pelo Partido Democrata como postulante, no lugar de Biden, mas ela é considerada como principal nome e já teve apoio público do presidente para preencher a vaga.
A diretora acrescentou ainda que, desde a tentativa de assassinato de Trump, a agência tem ajustados as avaliações de segurança de outros protegidos do Serviço Secreto e de locais como a capital Washington (DC). + Kamala Harris fala pela primeira vez após apoio de Biden: "legado incomparável"
“Já estamos preparados para uma eventual indicação de vice-presidente [de Kamala] e continuaremos fazendo essas avaliações”, disse a diretora.
Admissão de falha
A diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, Kimerly Cheatle, admitiu erro na proteção do ex-presidente Donald Trump no atentado da semana passada. "A falha operacional mais significativa do Serviço Secreto em décadas", afirmou, durante audiência realizada pelo Comitê da Câmara sobre a tentativa de assassinato
O presidente do Comitê da Câmara, James Comer, pressionou a diretora sobre o motivo de não haver nenhum agente no telhado durante o comício. Kimerly Cheatle respondeu que havia um plano para fornecer vigilância e que ainda estão “avaliando as responsabilidades e quem deveria fornecer vigilância”.
Durante um comício na Pensilvânia (EUA), Donald Trump foi vítima de um atentado. O ex-presidente discursava quando barulhos de tiros foram ouvidos no local. Nesse momento, Trump parece ter sido atingido em sua orelha e, em imagens, foi possível ver seu rosto sujo de sangue enquanto agentes do serviço secreto retiravam o candidato republicano do palanque.