Secretário de Estado dos EUA se encontra com Netanyahu após ataques no Catar
Políticos deverão debater relações diplomáticas, além de novos desdobramentos da guerra em Gaza

Camila Stucaluc
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, reuniu-se com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nesta segunda-feira (15). O encontro aconteceu em Jerusalém, onde os políticos debatem a guerra na Faixa de Gaza e questões mais amplas relativas à segurança do Oriente Médio.
A viagem de Rubio ocorre apesar de o presidente Donald Trump ter demonstrado descontentamento com a operação israelense contra líderes do Hamas em Doha, no Catar — mediador nas negociações de paz. Ao ser questionado sobre o assunto, o secretário afirmou que o ocorrido não mudará a relação entre os países.
“Obviamente, não estamos felizes com isso. O presidente não estava feliz com isso. Agora, precisamos seguir em frente e descobrir o que vem a seguir. [O bombardeio em Doha] não vai mudar a natureza do relacionamento com os israelenses, mas teremos que falar sobre isso”, disse.
Segundo o Departamento de Estado, a visita de Rubio também pretende demonstrar o apoio norte-americano à Israel, antes do próximo reconhecimento de um Estado palestino por parte de países da Assembleia Geral das Nações Unidas. Assim como Netanyahu, Washington classifica a ação como “anti-Israel”.
“Sua visita aqui é uma prova da durabilidade, da força da aliança israelense-americana. Esta aliança nunca foi tão forte, e nós a apreciamos profundamente, não apenas em nome do povo de Israel que vive hoje, mas de gerações de judeus que nos precederam, e esperamos que construamos nosso estado de novo com amigos como você”, disse Netanyahu.
Ofensiva em Gaza
O encontro entre os líderes acontece em meio à intensificação da ofensiva israelense na Faixa de Gaza. No último fim de semana, mais de 60 palestinos morreram nos bombardeios, enquanto 300 ficaram feridos.
+ Protestos pró-Palestina interrompem final da Volta da Espanha em Madri
Além dos ataques aéreos, as tropas israelense seguem avançam para a Cidade de Gaza, onde planejam iniciar uma nova ofensiva. Os militares alegam que o município é a sede do Hamas no enclave palestino e que abriga uma extensa rede de túneis, utilizados pelo grupo como rota de fuga, estoque de armas e, às vezes, cativeiro de reféns.