Defesa de Roger Abdelmassih pede prisão domiciliar por risco de morte súbita
Advogados alegam agravamento do estado de saúde do ex-médico, condenado por crimes sexuais contra 37 pacientes; pedido ainda será analisado pela Justiça
Agência SBT
A defesa do ex-médico Roger Abdelmassih, condenado por crimes sexuais cometidos contra 37 pacientes, entrou com um novo pedido na Justiça de São Paulo solicitando a concessão de prisão domiciliar de caráter humanitário. Os advogados alegam agravamento do estado de saúde do condenado e risco de “morte súbita”, com base em laudo médico.
Abdelmassih, de 82 anos, cumpre pena na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior paulista, conhecida como o “presídio dos famosos”. O pedido ainda aguarda análise da juíza responsável pelo caso.
Segundo a defesa, a primeira solicitação foi apresentada em novembro deste ano. Em dezembro, os advogados reforçaram o pedido após a emissão de um laudo médico que aponta risco elevado à vida do detento. A defesa afirma que o requerimento já foi protocolado, mas recebeu parecer contrário do Ministério Público. A decisão final cabe ao Judiciário.
Condenado a mais de 173 anos de prisão por estupros cometidos durante atendimentos médicos, Abdelmassih teve a defesa novamente mobilizada para tentar a transferência ao regime domiciliar, sob alegação de incapacidade de permanecer no sistema prisional em razão da idade e das condições de saúde.
Histórico da condenação
Considerado por anos um dos principais especialistas em reprodução humana do país, Abdelmassih foi condenado em novembro de 2010. Ele não foi preso imediatamente porque um habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) permitiu que respondesse em liberdade.
O benefício foi revogado em janeiro de 2011, após o ex-médico tentar renovar o passaporte, o que levantou suspeita de tentativa de fuga. Em 2016, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a condenação. Abdelmassih perdeu o registro profissional e passou a cumprir pena em regime fechado.









