Rússia e Ucrânia concordam em fazer grande troca de prisioneiros de guerra
Sem Zelensky e Putin, autoridades se reuniram para negociações de paz em Istambul nesta sexta (16)
Giovanna Tuneli
Autoridades russas e ucranianas iniciaram negociações de paz diretas, nesta sexta-feira (16), em Istambul, na Turquia. Sem a presença dos presidentes Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky, a reunião durou menos de duas horas. O ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, informou que países concordaram em trocar mil prisioneiros de guerra de cada lado, quando as negociações em Istambul terminaram.
Se realmente ocorrer, será a maior troca em mais de três anos desde a invasão da Ucrânia pela Rússia. Essa é a primeira vez que os dois países mantiveram conversas pessoalmente desde 2022. Os diplomatas que lideraram as negociações foram Vladimir Medinsky, assessor de Putin para defender a Rússia, e o ministro da Defesa ucraniano Rustem Umerov.
Autoridades turcas, incluindo o Ministro das Relações Exteriores, Hakan Fidan, intermediaram as negociações de paz. O secretário de Estado, Marco Rubio, e o enviado especial de Trump à Ucrânia, Keith Kellogg, também integraram a reunião, representando os Estados Unidos.
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De acordo com a imprensa internacional, no início da reunião, o ministro das Relações Exteriores da Turquia descreveu as negociações como "conversas técnicas" que estabeleceriam as bases para um possível encontro entre os líderes dos dois países. Fora do encontro, Zelensky disse que o foco de sua equipe é buscar acordo por cessar-fogo imediato.
Em entrevista à agência de notícias Associated Press (AP), uma autoridade ucraniana, presente nas negociações e que não quis se identificar, acusou o Kremlin de introduzir novas "exigências inaceitáveis" para que Kiev retirasse forças militares de grandes extensões do território. Além disso, a fonte ainda revelou que as exigências da Rússia eram "distantes da realidade e iam muito além de tudo o que foi discutido anteriormente".
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Após o encerramento do encontro, não houve nenhum sinal aparente de progresso além da troca de prisioneiros. Autoridades ucranianas, segundo a BBC, acusaram a Rússia de usar a reunião para "ganhar tempo e dar um show".
