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Rússia diz estar 'aberta' para discutir paz com a Ucrânia, mas mantém exigências de guerra

Declaração ocorre dias após o presidente dos EUA impor a Moscou um prazo de 50 dias para aceitar cessar-fogo

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Declaração foi dada pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov | Wikimedia Commons
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A Rússia está ‘aberta’ para avançar nas negociações de paz com a Ucrânia, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, no domingo (20). Ele ressaltou, contudo, que, apesar da possibilidade de cessar-fogo, o principal compromisso de Moscou continuará sendo com seus objetivos de guerra.

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“O presidente [Vladimir] Putin falou repetidamente sobre seu desejo de alcançar um acordo pacífico com a Ucrânia o mais rápido possível. Trata-se de um processo longo, que exige esforço e não é fácil. O principal para nós é atingir nossos objetivos. E eles estão bem claros”, disse Peskov à Tass.

Desde o início das negociações de paz, a Rússia exige o controle total sobre as regiões ucranianas de Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia – que foram anexadas ilegalmente por Moscou em setembro de 2022. O país também pede que Kiev interrompa o reposicionamento militar e suspenda o fornecimento estrangeiro de ajuda militar.

Ambos os termos já foram considerados “inviáveis” pela Ucrânia. No domingo (20), o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky enviou uma proposta à Moscou para realizar uma nova rodada de negociações nesta semana. O texto foi entregue por Rustem Umerov, ex-ministro da Defesa da Ucrânia, mas ainda não teve retorno do Kremlin.

Prazo de 50 dias

Na última semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs a Moscou um prazo de 50 dias para aceitar um cessar-fogo com a Ucrânia ou enfrentar novas sanções. O republicano vem tentando mediar um acordo de paz entre os países desde janeiro deste ano, quando assumiu a Casa Branca.

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A ação de Trump foi criticada por Peskov e outras autoridades russas, que disseram que a “linguagem dos ultimatos, das chantagens e das ameaças” é inaceitável e não funcionará com Moscou. Ao mesmo tempo, as tropas russas seguem intensificando os ataques na Ucrânia para avançar no território.

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