Comissão do Vaticano vota contra mulheres atuarem como diaconistas
Discussão ainda terá estudo mais aprofundado; fiéis católicos reagiram com decepção à decisão

Reuters
Uma comissão de alto nível do Vaticano votou contra mulheres atuarem como diaconisas, mantendo a prática da Igreja global de um clero exclusivamente masculino, segundo um relatório entregue ao Papa Leo e divulgado nesta quinta-feira (4). Em uma votação de 7 a 1, a comissão afirmou que pesquisas históricas e uma investigação teológica “excluem a possibilidade” de permissão neste momento, mas recomendou estudos adicionais sobre o tema.
Fiéis católicos reagiram com decepção à decisão. “Até nosso Senhor tinha mulheres que o seguiam. Então, não somos inferiores aos homens”, disse a fiel italiana Anna Frioli à Reuters.
As discussões sobre a possibilidade de diaconisas — que são ordenadas e podem auxiliar em serviços da Igreja, mas não podem celebrar a missa — têm agitado a Igreja, que conta com 1,4 bilhão de membros, ao longo da última década.
O falecido Papa Francisco abriu a discussão após um pedido, em 2016, do grupo internacional baseado em Roma que representa irmãs e freiras católicas ao redor do mundo. Ele instituiu duas comissões para estudar o assunto, que deliberaram em sigilo.
O relatório divulgado na quinta marca a primeira vez que os resultados das discussões sobre o assunto se tornam públicos.







