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"Ridiculamente inadequada", diz ONG sobre quantidade de ajuda humanitária permitida em Gaza

Israel abriu parcialmente o bloqueio imposto na região após dois meses; escassez de alimentos e insumos está levando população à beira de um colapso

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Guerra em Gaza começou em outubro de 2023 | Reprodução/Twitter
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A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) criticou Israel por continuar bloqueando a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Em declaração na terça-feira (20), o grupo afirmou que a quantidade de ajuda permitida pelo exército é “ridiculamente inadequada” após meses de bloqueio.

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"A decisão de Israel de permitir a entrada de uma quantidade ridiculamente inadequada de ajuda em Gaza sinaliza sua intenção de evitar a acusação de deixar as pessoas famintas, enquanto na verdade as mantém sobrevivendo. Este plano é uma forma de instrumentalizar a ajuda, tornando-a uma ferramenta para promover os objetivos militares de Israel”, disse a coordenadora do MSF, Pascale Coissard.

Segundo o grupo, a escassez de alimentos e insumos está levando o enclave palestino à beira de um colapse. Nos últimos dias, pelo menos 20 instalações médicas foram danificadas e forçadas a parar parcial ou completamente devido ao aumento das operações militares de Israel contra o Hamas. Em 19 de maio, um ataque aéreo atingiu o complexo do Hospital Nasser, sendo o terceiro em dois meses.

“As autoridades israelenses devem parar a asfixia deliberada de palestinos em Gaza e a aniquilação de seu sistema de saúde – ações que estão sustentando sua campanha de limpeza étnica”, disse o MSF.

Em declarações anteriores, o governo israelense justificou o cerco imposto em Gaza como meio para pressionar o Hamas a libertar os reféns capturados no ataque de 7 de outubro de 2023. A ação foi duramente criticada pela comunidade internacional, que acusou o país de violar o direito internacional. Em resposta, o Reino Unido, por exemplo, suspendeu as negociações de livre comércio com Israel.

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Ehud Olmert, ex-primeiro-ministro de Israel, afirmou que as ações do exército israelense em Gaza estão próximas de um crime de guerra. Falando à BBC, o político disse que Benjamin Netanyahu “não está deixando claro que está lutando contra os assassinos do Hamas, e não contra civis inocentes”. “A aparência óbvia [da ofensiva] é que Israel está matando muitos palestinos, o que é ultrajante”, disse.

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