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Canadá, França e Reino Unido ameaçam impor sanções caso Israel continue com ofensiva em Gaza

Países disseram que apoiam o direito de Israel de se defender do Hamas, mas criticaram "escalada totalmente desproporcional" dos combates

Imagem da noticia Canadá, França e Reino Unido ameaçam impor sanções caso Israel continue com ofensiva em Gaza
Israel intensificou a ofensiva terrestre na Faixa de Gaza | Divulgação/Forças de Defesa de Israel
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Canadá, França e Reino Unido publicaram um comunicado conjunto, na segunda-feira (19), condenando a expansão das operações militares de Israel na Faixa de Gaza. Os países pedem o fim da ofensiva e a suspensão das restrições à assistência humanitária na região, prometendo responder com “medidas concretas”, incluindo sanções, caso as solicitações não sejam respeitadas.

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“Israel sofreu um atentado atroz em 7 de outubro. Sempre apoiamos o direito de Israel de defender os israelenses contra o terrorismo, mas esta escalada é totalmente desproporcional. Não ficaremos de braços cruzados. Se Israel não puser fim à nova ofensiva militar nem interromper suas restrições à ajuda humanitária, adotaremos outras medidas concretas em resposta”, diz o texto.

A declaração é assinada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, e os primeiros-ministros canadense, Mark Carney, e britânico, Keir Starmer. Ao criticar a ação militar israelense em Gaza, os líderes afirmam que a ofensiva provoca o deslocamento forçado permanente de milhares de habitantes, o que é caracterizado como uma violação do direito internacional humanitário.

No texto, comentam ainda sobre o bloqueio de ajuda humanitária em Gaza, imposto por Israel no início de março. Nesta semana, o governo permitiu a entrada de “uma quantidade básica de alimentos” no enclave palestino, o que foi visto como “grosseiramente inadequado” pelas autoridades.

“O nível de sofrimento humano em Gaza é intolerável. A recusa de Israel em fornecer assistência humanitária essencial à população civil é inaceitável e corre o risco de violar o direito internacional humanitário. Condenamos a recente linguagem desagradável usada por Israel e a ameaça estridente de deslocamento forçado de civis diante da destruição desesperada de Gaza”, disseram.

Israel responde

A mensagem dos países aliados chegou ao gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que respondeu dizendo que o exército continuará com as ações em Gaza até que “a vitória total seja alcançada” sobre o Hamas. O premiê ainda ressaltou que o cerco imposto na região visa pressionar o grupo palestino a libertar os reféns capturados no ataque de 7 de outubro de 2023.

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"Os líderes em Londres, Ottawa e Paris estão oferecendo um grande prêmio pelo ataque genocida a Israel em 7 de outubro, ao mesmo tempo em que convidam mais atrocidades desse tipo”, disse Netanyahu. “Os combates são intensos e estamos progredindo. Assumiremos o controle de todo o território da Faixa de Gaza", acrescentou o premiê israelense.

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