Ataques de Israel matam mais de 100 em Gaza em meio a negociações por cessar-fogo
Militares israelenses anunciam novas operações terrestres extensas no território palestino; hospital precisou ser fechado devido ao bombardeio
Ayumi Watanabe
Ataques aéreos de Israel mataram pelo menos 103 palestinos na Faixa de Gaza entre a noite de sábado (17) e a manhã deste domingo (18), segundo autoridades de saúde locais. Entre as vítimas estão mulheres e crianças. Bairros inteiros foram atingidos, incluindo tendas de deslocados e casas em Jabalia, no norte de Gaza. Em meio aos bombardeios, o principal hospital da região norte, o Hospital Indonésio, foi forçado a fechar devido à intensificação dos combates.
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Mesmo com negociações de cessar-fogo em andamento entre Israel e Hamas, mediadas por representantes internacionais, os ataques continuam. O exército israelense anuncia o início de novas e “extensas” operações terrestres na Faixa de Gaza.
Desde quinta-feira (15), as forças israelenses vêm ampliando suas ofensivas em Gaza para pressionar o Hamas, responsável pelos ataques de 7 de outubro de 2023, a aceitar um cessar-fogo em seus termos. Chamada de "Carruagens de Gideão", a ofensiva visa a pressionar o Hamas a libertar reféns israelenses em troca de um cessar-fogo temporário sem necessariamente encerrar a guerra. O Hamas, por sua vez, exige a retirada total das tropas israelenses e o fim do conflito.
Segundo o exército israelense, dezenas de combatentes foram mortos e mais de 670 alvos atingidos na última semana.
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O conflito se amplia com ataques dos rebeldes Houthis, do Iêmen, que lançaram mísseis contra Israel. Um deles foi interceptado neste domingo (18), segundo o exército israelense. Israel respondeu com novos bombardeios contra o grupo.
A guerra, iniciada em outubro de 2023, já causou mais de 53 mil mortes entre os palestinos e o bloqueio imposto por Israel continua agravando a crise humanitária no território.
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