Trump diz que ligará para Putin na segunda-feira para discutir a guerra na Ucrânia
Após líder russo não comparecer a negociação de cessar-fogo em Istambul, presidente dos EUA quer retomar diálogo

SBT News
KYIV, Ucrânia (AP) — O presidente Donald Trump afirmou que conversará por telefone na segunda-feira (19) com o presidente russo Vladimir Putin sobre a guerra na Ucrânia. Na sequência, o republicano disse que pretende conversar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e com membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Em uma publicação na Truth Social, sua rede social, Trump afirmou que o tema da ligação será "parar o banho de sangue".
"Falei por telefone com o presidente Vladimir Putin, da Rússia, na segunda, às 10h. Os assuntos da ligação serão parar o 'banho de sangue' que está matando, em média, mais de 5.000 soldados russos e ucranianos por semana, e comércio. Depois falarei com o presidente Zelensky, da Ucrânia, e vários membros da Otan. Tenho esperança de que seja um dia produtivo, que um cessar-fogo se instale e que essa guerra tão violenta, uma guerra que nunca deveria ter acontecido, acabe. Deus nos abençoe a todos!!!"
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Mais cedo, neste sábado, um drone russo atingiu um ônibus que evacuava civis de uma área da linha de frente na região de Sumy, no nordeste da Ucrânia, matando nove pessoas, segundo autoridades ucranianas. O ataque veio horas depois de Moscou e Kyev realizarem suas primeiras negociações de paz diretas em anos, que terminaram sem um cessar-fogo.
Sete pessoas também ficaram feridas no ataque em Bilopillia, uma cidade a cerca de 10 quilômetros da fronteira com a Rússia, três delas com gravidade, segundo o governo local e a polícia nacional da Ucrânia.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky descreveu o ataque como uma "matança deliberada de civis", acrescentando, em uma publicação no Telegram, que "os russos dificilmente não sabiam que tipo de veículo estavam atingindo."
Ele lamentou a oportunidade perdida nas negociações de paz de sexta-feira, dizendo que "a Ucrânia há muito tempo propôs isso — um cessar-fogo total e incondicional para salvar vidas." A delegação russa que foi até Istambul negociar o fim da guerra não incluía o presidente Putin, o que frustrou a expectativa ucraniana. "Só resta à Rússia a capacidade de continuar matando", acrescentou Zelensky.
*As informações são da Associated Press