Relatório acusa Hamas de cometer crimes de guerra em ataque contra Israel
Documento da Human Rights Watch denuncia que alguns desses crimes continuam acontecendo
Um relatório da ONG Human Rights Watch, divulgado nesta quarta-feira (17), acusa o Hamas de cometer diversos crimes de guerra durante o ataque de 7 de outubro de 2023, contra Israel. Foi esse ataque que deu origem à guerra que está em curso até hoje. O documento ainda denuncia que alguns desses crimes continuam acontecendo.
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"A investigação da Human Rights Watch descobriu que o ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro foi planejado para matar civis e fazer o maior número possível de pessoas reféns", afirma a diretora de crises e conflitos da ONG, Ida Sawyer.
O levantamento documenta dezenas de violações dos direitos internacionais humanitários, por grupos armados palestinos, em diversos alvos de ataques a civis em 7 de outubro. Entre os delitos, crimes de guerra e crimes contra a humanidade, como assassinato, tortura, ataques diretos contra civis e tomada de reféns.
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Segundo uma apuração da Agência de Notícias Francesa (AFP), 815 das 1.195 pessoas que foram mortas eram civis. O grupo armado palestino também levou 251 pessoas reféns, das quais 42 foram mortas e 116 ainda permanecem em Gaza.
O documento da Human Rights Watch ainda faz um apelo, pedindo que os governos que possuem influência sob os grupos armados palestinos pressionem pela libertação urgente dos reféns.
Relembre o ataque
O dia 7 de outubro de 2023 ficou conhecido como o mais sangrento em Israel em 50 anos. O ataque, realizado pelo Hamas, foi o maior registrado em 16 anos, desde que assumiu o controle da Faixa de Gaza. Cerca de 3 mil combatentes palestinos fizeram parte da ofensiva.
Logo após os bombardeios, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, declarou guerra contra o Hamas, desencadeando uma série de ataques contra Gaza.
Desde o início da guerra, já foram mortos mais de 38 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, que é ligado ao Hamas. A pasta não faz distinção de mortos entre civis e militares. O conflito também já deixou mais de mil israelenses mortos.