Putin e Macron voltam a se falar após quase três anos e discutem Ucrânia, Irã e Oriente Médio
Presidente russo acusou países ocidentais de prolongarem a guerra na Ucrânia e reafirmou apoio ao direito do Irã de desenvolver energia nuclear

Vicklin Moraes
Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da França, Emmanuel Macron, voltaram a se comunicar nesta terça-feira (1º), após quase três anos sem diálogo direto. A conversa, confirmada pelo Kremlin, abordou os conflitos no Oriente Médio, a guerra na Ucrânia e a situação do Irã. O tempo exato da ligação não foi informado.
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Segundo nota oficial divulgada pelo governo russo, os líderes discutiram a situação da usina nuclear de Zaporozhye, os ataques ucranianos à infraestrutura civil em Donbass e as tentativas fracassadas de retomar o acordo de exportação de grãos, interrompido, segundo Moscou, por políticas adotadas por países ocidentais.
Durante a ligação, Putin reiterou que o conflito na Ucrânia é resultado direto da atuação das nações ocidentais, que estariam incentivando a continuidade das hostilidades ao fornecer armamentos modernos ao governo de Kiev.
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Os dois presidentes também discutiram o programa nuclear iraniano e concordaram que Teerã tem o direito de desenvolver tecnologia nuclear para fins pacíficos, desde que continue cumprindo as obrigações previstas no Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares e coopere com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). A última conversa entre Macron e Putin havia ocorrido em 11 de setembro de 2022.