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Protestos em Israel cobram negociação de Netanyahu com Hamas para libertar reféns em Gaza

Manifestações em todo o país incluíram bloqueios de estradas e comícios em Tel Aviv, enquanto algumas empresas aderiram à greve nacional

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sraelenses realizam manifestação em estrada próxima de Latrun, em Israel | Foto: reprodução/Reuters
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Milhares de israelenses participaram de uma greve nacional neste domingo (17) em apoio às famílias dos reféns mantidos na Faixa de Gaza, pedindo ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que negocie com o Hamas para pôr fim à guerra e libertar os prisioneiros restantes.

Os manifestantes carregaram bandeiras israelenses e fotos dos reféns, enquanto apitos, buzinas e tambores ecoavam em comícios pelo país. Alguns bloquearam ruas e rodovias, incluindo a principal via entre Jerusalém e Tel Aviv.

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"Hoje, tudo para lembrar o valor mais alto: a santidade da vida", disse Anat Angrest, mãe do refém Matan Angrest, a repórteres em Tel Aviv. Entre os presentes, estava a atriz Gal Gadot, conhecida por seu papel como Mulher Maravilha.

Algumas empresas e instituições permitiram que funcionários participassem da greve, enquanto outras permaneceram abertas. As escolas, em recesso de verão, não foram afetadas. Uma grande manifestação está programada para a noite em Tel Aviv. A polícia israelense informou que 38 manifestantes foram detidos, principalmente por bloqueio de estradas e confrontos com agentes.

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As manifestações foram brevemente interrompidas às 16h (horário local), quando sirenes de ataque aéreo alertaram sobre um míssil disparado do Iêmen, que foi interceptado sem incidentes.

Neste domingo, Netanyahu declarou ao seu gabinete:

"Aqueles que pedem o fim da guerra sem derrotar o Hamas não estão apenas endurecendo a posição do Hamas e atrasando a libertação de nossos reféns. Eles também estão assegurando que os horrores de 7 de outubro se repitam várias vezes."

O primeiro-ministro reafirmou que seu governo pretende implementar uma decisão militar para assumir o controle da Cidade de Gaza, uma das últimas áreas do enclave ainda fora do controle de Israel.

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A decisão é amplamente impopular, inclusive entre algumas famílias dos reféns, que temem que uma ofensiva maior em Gaza coloque em risco a vida dos prisioneiros. Atualmente, 50 reféns estão mantidos em Gaza, dos quais cerca de 20 ainda estariam vivos, segundo autoridades israelenses.

A guerra já deixou mais de 61.000 palestinos mortos na campanha militar de Israel em Gaza, com pelo menos 29 mortes registradas apenas no último dia. O ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 matou 1.200 pessoas em Israel, fez 251 reféns e, desde então, mais de 400 soldados israelenses foram mortos na ofensiva em Gaza.

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