Hamas acusa Israel de planejar "nova onda de genocídio" com relocação em Gaza
Grupo palestino afirma que envio de tendas é “engano flagrante”; exército israelense diz que medida busca garantir segurança da população

SBT News
com informações da Reuters
O grupo militante palestino Hamas afirmou neste domingo (17) que o plano de Israel para realocar moradores da Cidade de Gaza representa uma “nova onda de genocídio e deslocamento” para centenas de milhares de habitantes. Segundo o Hamas, o envio de tendas e outros equipamentos de abrigo ao sul do enclave é um “engano flagrante”.
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O Exército israelense informou que iniciou o fornecimento desses equipamentos neste domingo, como parte de um plano para transferir moradores de áreas de combate no norte para o sul da Faixa de Gaza, “a fim de garantir sua segurança”.
Em comunicado, o Hamas acusou Israel de usar a justificativa humanitária como fachada para “encobrir um crime brutal que as forças de ocupação se preparam para executar”.
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Israel já havia anunciado neste mês que pretende lançar uma nova ofensiva para assumir o controle do norte da Cidade de Gaza, o maior centro urbano do enclave. A decisão gera apreensão internacional sobre o destino da região, que abriga cerca de 2,2 milhões de pessoas.
A guerra começou em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas atacou o sul de Israel, matando 1.200 pessoas e fazendo 251 reféns, segundo autoridades israelenses. Hoje, acredita-se que cerca de 20 dos 50 reféns ainda em cativeiro estejam vivos.
A ofensiva militar subsequente de Israel deixou mais de 61 mil palestinos mortos, de acordo com autoridades de saúde de Gaza, além de provocar fome em larga escala, deslocar a maior parte da população e reduzir grande parte do enclave a ruínas.