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EUA suspendem visto de visita que permite a moradores de Gaza receberem atendimento médico

Anúncio acontece após campanha de ativista de extrema-direita Laura Loomer, que acusou palestinos de entraram no país como "refugiados”

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Palestinos se reúnem para receber suprimentos em meio à fome em Beit Lahia, norte da Faixa de Gaza | 20/07/2025/Reuters/Dawoud Abu Alkas
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O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou neste sábado (17) a suspensão de todos os vistos de visita para indivíduos de Gaza, enquanto conduz uma revisão “completa e minuciosa” do processo. A decisão foi condenada por entidades pró-Palestina.

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A pasta informou que "um pequeno número" de vistos médicos e humanitários temporários foi concedido nos últimos dias, mas não detalhou quantos. Segundo dados oficiais, os EUA já emitiram mais de 3.800 vistos de visita B1/B2 para portadores de documentos de viagem da Autoridade Palestina em 2025, incluindo 640 apenas em maio. Esses vistos permitem que estrangeiros busquem tratamento médico no país.

O anúncio ocorre após a ativista de extrema-direita e aliada do presidente Donald Trump, Laura Loomer, afirmar na sexta-feira (15) que palestinos entraram nos EUA neste mês como "refugiados”. A declaração provocou reação entre republicanos: o deputado Chip Roy disse que buscaria esclarecimentos, enquanto Randy Fine classificou a situação como "risco à segurança nacional".

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O Conselho de Relações Americano-Islâmicas criticou a suspensão, classificando-a como mais um exemplo da “crueldade intencional” da administração Trump.

A guerra em Gaza começou em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas atacou o sul de Israel, matando 1.200 pessoas e fazendo 251 reféns, segundo dados israelenses. A ofensiva israelense subsequente já matou mais de 61 mil palestinos, segundo autoridades de saúde locais.

Embora os EUA não tenham dado sinais de que aceitarão palestinos deslocados pela guerra, fontes disseram à Reuters que Israel e Sudão do Sul discutem um possível plano de reassentamento.

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