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Procuradora-geral dos EUA evita falar sobre caso Epstein e ataca democratas em sabatina no Congresso

Pam Bondi acusou senadores de partidarismo ao ser questionada sobre Jeffrey Epstein, a Guarda Nacional e o ex-diretor do FBI James Comey

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Pâmela Bondi: primeira sabatina da procuradora-geral no Congresso desde que assumiu o cargo - REUTERS / Reprodução
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A sabatina da procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, esquentou o clima no Congresso norte-americano nesta terça-feira (7). Questionada por deputados democratas, ela se recusou a responder perguntas sobre o caso de Jeffrey Epstein, empresário condenado por tráfico sexual e encontrado morto em uma prisão de Nova York em 2019.

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Os parlamentares cobraram explicações sobre por que parte dos arquivos do caso Epstein ainda não foi tornada pública. Bondi também acusou senadores democratas de receberem doações de campanha de um associado de Epstein.

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"Tudo o que importa sobre o caso já se tornou público. Vocês tentam caluniar o presidente Trump a torto e a direito, quando era vocês que recebiam dinheiro de um dos confidentes mais próximos de Epstein — posso estar errada, corrija-me" declarou Bondi

Em outro momento, quando questionada sobre a justificativa legal para o envio da Guarda Nacional a cidades dos EUA, ela culpou os democratas pela paralisação do governo e disse que a falta de recursos estava “colocando a segurança pública em risco”.

"Enquanto você paralisava o governo, nossos policiais não estão sendo pagos. Eles estão lá fora trabalhando para protegê-lo. Eu queria que você amasse Chicago tanto quanto odeia o Presidente Trump, completou

A audiência de Bondi é vista como parte da estratégia de reforçar a base conservadora de Trump e confrontar o Partido Democrata a poucos meses das eleições presidenciais.

Foi a primeira sabatina da procuradora-geral no Congresso desde que assumiu o cargo na atual administração.

Ex-diretor do FBI também é citado

O depoimento de Bondi ocorreu poucos dias depois de o Departamento de Justiça apresentar acusações contra o ex-diretor do FBI James Comey, que investigou possíveis ligações entre a campanha de Trump, em 2016, e o governo russo.

As denúncias surgiram após Trump pedir o processo de Comey e exigir a renúncia de um promotor que não considerou as evidências suficientes para acusações criminais.

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A procuradora-geral afirmou ter assumido o cargo com a missão de encerrar o uso político da Justiça e acusou ex-agentes do FBI de terem conduzido investigações secretas contra aliados de Trump

"Assumi o cargo com dois objetivos principais: acabar com a instrumentalização da justiça e devolver o departamento à sua missão principal de combater crimes violentos. Quanto ao fim da instrumentalização da justiça, soubemos que ex-oficiais do FBI investigaram secretamente o senhor e seus colegas. Por quê? Eles queriam tirar o presidente Trump do jogo. Estavam fazendo política com os poderes da polícia e isso será considerado uma traição histórica à confiança pública.

Quem foi Jeffrey Epstein?

Jeffrey Epstein foi um financista que construiu uma rede bilionária enquanto mantinha ligações com figuras poderosas dos Estados Unidos e da Europa. Em 2008, foi condenado a 13 meses de prisão após denúncias de abuso sexual contra uma menor de idade. Mesmo condenado, firmou um acordo judicial controverso que lhe permitia sair da prisão para trabalhar quase todos os dias.

Em 2019, foi preso novamente, dessa vez acusado de tráfico sexual de dezenas de meninas. Menos de um mês após a nova detenção, foi encontrado morto em sua cela. A versão oficial aponta suicídio, mas o episódio gerou desconfiança e diversas teorias da conspiração, dadas as conexões que mantinha com elites políticas e empresariais.

Famosos e políticos sob suspeita

O caso ganhou ainda mais repercussão após a divulgação de trechos dos documentos da investigação, nos quais são citados nomes de celebridades e figuras públicas. Leonardo DiCaprio, Cameron Diaz, Cate Blanchett, Bruce Willis, Kevin Spacey, George Lucas e Naomi Campbell aparecem nos registros, mas até o momento não enfrentam acusações criminais.

Na política, os ex-presidentes Bill Clinton e Donald Trump também são mencionados, embora nenhum dos dois tenha sido formalmente acusado.

No início de agosto, o casal Bill e Hillary Clinton foi convocado para prestar depoimento no Congresso sobre a relação com o bilionário. Segundo o congressista republicano James Comer, Bill Clinton deve comparecer em 14 de outubro, enquanto Hillary foi convocada para o dia 9 do mesmo mês.

O príncipe Andrew, do Reino Unido, respondeu na Justiça por abuso sexual relacionado ao esquema e perdeu seus títulos e funções oficiais dentro da família real.

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