"Prisão injusta e ilegal", diz conselheiro de Trump sobre domiciliar Bolsonaro
Ao SBT, Stephen Miller diz que EUA vão olhar a possível aplicação de tarifa extra ao Brasil pela importação de diesel e fertilizante da Rússia

Patrícia Vasconcellos
Washington DC - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (6) uma ordem executiva chamada "Enfrentando as ameaças aos Estados Unidos pelo governo da Federação Russa", que taxa os produtos da Índia em 25% a mais pelo fato do país comprar petróleo russo.
Segundo o texto publicado no site da Casa Branca, Trump recebeu informações extras de conselheiros seniores sobre a situação na Ucrânia que o levam a decidir pela manutenção da sanção à Rússia, impedindo a importação de "óleo bruto, petróleo, combustíveis e produtos destilados".
Questionado se o mesmo poderia acontecer com os produtos brasileiros pelo fato do país sul-americano comprar diesel e fertilizantes da Rússia, o vice-chefe de gabinete da Casa Branca, Stephen Miller, disse: "certamente daremos uma olhada nisso".
Na sequência, Miller explicou que a tarifa de 50% contra o Brasil, implementada neste 6 de agosto ao Brasil, tem uma relação direta com a ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e pela forma como o país tem cerceado a liberdade de expressão de empresas norte-americanas.
"Por causa das políticas incrivelmente anti-liberdade que ameaçam a liberdade de expressão e as empresas americanas de forma incrivelmente coercitiva e abusiva, bem como a detenção e prisão injustas e ilegais de Bolsonaro". E afirmou também que "esse tem sido o foco do pacote de sanções ao Brasil".
Questionado se há alguma notícia sobre os últimos acontecimentos no Brasil em relação ao que ele havia descrito, Miller respondeu que não há novidade no momento, mas que compartilharia quando houvesse.