Primeira-ministra do Japão afirma não haver planos de renegociar pacote de US$ 550 bilhões com os EUA
Antes de assumir o cargo no mês passado, Takaichi havia dito que a renegociação de tarifas com Washington não estava fora de cogitação
Reuters
A primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, disse no sábado que não tem planos de renegociar um acordo de investimentos de US$550 bilhões firmado com os Estados Unidos.
"Acredito que mesmo que o primeiro-ministro mude, as promessas feitas entre os governos não devem ser alteradas", disse Takaichi aos repórteres no final de uma semana de eventos diplomáticos, incluindo uma cúpula com o presidente dos EUA, Donald Trump.
+Sanae Takaichi é eleita primeira-ministra do Japão e se torna primeira mulher no cargo
Takaichi se recusou a comentar sobre um acordo comercial que a Coreia do Sul assinou com os Estados Unidos, pois os detalhes do acordo ainda não foram divulgados.
Antes de se tornar primeira-ministra no mês passado, Takaichi havia dito que a renegociação de tarifas com Washington não estava fora de cogitação se surgisse algo que parecesse injusto e prejudicasse os interesses nacionais do Japão.
Takaichi, conservadora de linha dura, foi eleita a primeira mulher primeira-ministra do Japão, ao mesmo tempo preparando o país para uma virada decisiva à direita.
Em Gyeongju, na Coreia do Sul, Takaichi juntou-se a outros líderes de toda a região da Ásia-Pacífico para uma reunião anual e encontrou-se com o presidente chinês, Xi Jinping, e com o presidente sul-coreano, Lee Jae Myung.
+Japão e EUA firmam acordos sobre terras raras e reatores nucleares
Takaichi disse no sábado que ela e Xi haviam concordado em construir um relacionamento construtivo e estável.
Em resposta, Xi disse a Takaichi que os dois países não devem ser uma ameaça um para o outro, de acordo com a mídia estatal chinesa.
Antes de sua viagem à Coreia do Sul, Takaichi realizou sua primeira reunião bilateral com Trump em Tóquio.
(Reportagem de Ju-min Park e Mariko Katsumura)
