Japão e EUA firmam acordos sobre terras raras e reatores nucleares
Parceria entre Tóquio e Washington busca reduzir dependência da China no fornecimento de componentes eletrônicos essenciais

SBT News
com informações da Reuters
O Japão e os Estados Unidos fecharam novos acordos sobre reatores de energia nuclear de nova geração e terras raras, em uma tentativa conjunta de reduzir a dependência da China no fornecimento de componentes eletrônicos essenciais.
Nesta terça-feira (28), o presidente dos EUA, Donald Trump, e a primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, assinaram um acordo no Palácio Akasaka, em Tóquio, para garantir o abastecimento de terras raras. Os documentos assinados incluíram temas relacionados a minerais críticos, embora nenhuma menção direta à China tenha sido feita durante o evento.
Os chineses processam mais de 90% das terras raras do mundo, o que levanta preocupações nos dois países sobre a segurança de suas cadeias de suprimento. Recentemente, o governo da China aumentou as restrições às exportações desses materiais.
+ Furacão Melissa pode provocar a maior tempestade do século? Entenda
+ Imprensa internacional repercute megaoperação no Rio com mais de 60 mortos
Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, têm um encontro agendado para esta quinta-feira, à margem da reunião da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, na Coreia do Sul. Na pauta, está um possível acordo que pode suspender tarifas mais altas dos EUA e os controles chineses sobre as exportações de terras raras.
De acordo com comunicado divulgado pela Casa Branca, Japão e Estados Unidos usarão ferramentas de política econômica e investimentos coordenados para acelerar o desenvolvimento de mercados "diversificados, líquidos e justos" para minerais essenciais. O apoio financeiro a projetos selecionados deve ocorrer nos próximos seis meses.
Os dois países também pretendem avaliar um sistema conjunto de estocagem e ampliar a cooperação com parceiros internacionais para reforçar a segurança na cadeia de suprimentos.
Atualmente, enquanto a China domina a extração global de terras raras, os Estados Unidos e Mianmar são responsáveis por 12% e 8% da produção, respectivamente, segundo dados do Eurasia Group. Já o processamento — etapa também liderada pela China — é parcialmente realizado na Malásia (4%) e no Vietnã (1%).









