Mundo

Imprensa internacional repercute megaoperação no Rio com mais de 60 mortos

Ação mobiliza 2,5 mil policiais e tenta prender lideranças criminosas do Comando Vermelho (CV) nos Complexos do Alemão e da Penha

Imagem da noticia Imprensa internacional repercute megaoperação no Rio com mais de 60 mortos
Imprensa internacional repercute megaoperação no Rio
Publicidade

Com 64 mortes confirmadas até o momento, a megaoperação realizada no Rio de Janeiro nesta terça-feira (28) mobilizou cerca de 2,5 mil policiais e teve como alvo lideranças da facção Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha. A ação, considerada uma das maiores da história do estado, repercutiu na imprensa internacional.

O jornal argentino El Clarín estampou em sua manchete: “Cenas de guerra no Rio de Janeiro”. A reportagem destacou o uso de drones, as barricadas e os intensos tiroteios registrados durante a operação. “Imagens capturadas em vídeo mostram colunas de fumaça e fogo subindo sobre uma das favelas, lembrando cenas de cidades sob fogo em conflitos armados”, descreveu a publicação.

Clarín destaca operação policial no Rio
Clarín destaca operação policial no Rio

Já o francês Le Figaro ressaltou que esta é a operação mais letal da história do Rio de Janeiro, embora ações desse tipo não sejam incomuns na cidade. “As operações policiais de grande escala são, apesar de sua eficácia questionada, frequentes no Rio, principal polo turístico do Brasil. Elas têm como alvo, principalmente, as favelas — bairros pobres e densamente povoados que muitas vezes vivem sob o domínio de traficantes de drogas”, destacou o jornal.

O alemão Spiegel e o britânico The Guardian enfatizaram o ineditismo do uso de drones pela facção criminosa contra as forças de segurança. “As armas são um sinal do poderoso arsenal que os traficantes de drogas do Rio adquiriram desde que começaram a invadir as favelas no final da década de 1980”, citou o jornal.

+ VÍDEO: criminosos lançam bombas com drones contra operação policial no Rio

A publicação do governador do estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, em que ele declarou que “o Rio está sozinho nesta guerra”, criticando a falta de apoio do governo federal e pedindo ajuda às Forças Armadas, também foi mencionada.

Foi o caso da reportagem do espanhol El País, que lembrou que o governador é filiado ao PL e aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Ele pediu ajuda aos militares, argumentando que esta é uma guerra que nada tem a ver com segurança urbana, mas é alimentada pelas armas do narcotráfico internacional”, diz um trecho da publicação.

Em resposta, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) informou que atua no Rio de Janeiro desde outubro de 2023, por meio da Força Nacional de Segurança Pública, conforme a Portaria nº 766/2023, válida até dezembro de 2025. Segundo a pasta, o governo federal atendeu a todas as 11 solicitações de apoio feitas pelo estado desde o ano passado.

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade