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Polícia de Londres prende ao menos 442 pessoas em protesto pró-Palestina após ataque em sinagoga

Manifestantes desafiaram pedido do governo britânico para cancelar ato em meio ao luto por duas vítimas em Manchester

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Polícia de Londres prende 442 pessoas em protesto pró-Palestina | Foto: reprodução/Getty Images
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A polícia de Londres prendeu ao menos 442 pessoas neste sábado (4) durante uma manifestação em apoio ao grupo pró-palestino Palestine Action, proibido pelas leis antiterrorismo do Reino Unido. O protesto ocorreu apesar dos pedidos das autoridades para que fosse cancelado após o ataque mortal a uma sinagoga em Manchester, na quinta-feira.

O atentado na cidade do noroeste da Inglaterra deixou duas pessoas mortas. O agressor, um britânico de ascendência síria, foi morto a tiros pela polícia. Segundo a unidade antiterrorismo, ele pode ter sido motivado por ideologia islâmica extremista.

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Mesmo diante do apelo do governo, os organizadores mantiveram o ato, alegando que ele já estava programado para protestar contra o banimento da Palestine Action. O primeiro-ministro Keir Starmer pediu calma nas redes sociais: “Peço a todos que reconheçam e respeitem a dor dos judeus britânicos. Este é um momento de luto, não de tensão.”

Os confrontos ocorreram na Trafalgar Square, no centro da capital britânica. De acordo com a polícia metropolitana, 442 pessoas foram presas — cerca da metade do número registrado em um protesto semelhante em setembro. Uma multidão de mais de mil manifestantes aplaudiu os detidos e gritou palavras de ordem contra os policiais.

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Outras seis pessoas foram detidas após pendurarem uma faixa do grupo na ponte de Westminster, em frente ao Parlamento britânico.

A polícia afirmou que a operação de sábado exigiu o redirecionamento de forças que haviam sido destacadas para reforçar a segurança em sinagogas e mesquitas, após o ataque de Manchester.

O protesto é o mais recente de uma série de manifestações pró-Palestina que desafiam a proibição imposta pelo governo. A entidade Defend Our Juries, que organizou o ato, condenou o ataque à comunidade judaica, mas criticou o foco policial nos manifestantes.

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O ataque em Manchester ocorreu após uma onda de episódios de antissemitismo e islamofobia no Reino Unido, em meio à guerra entre Israel e o Hamas em Gaza. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu recentemente a Israel que suspendesse seus bombardeios após o Hamas afirmar estar pronto para libertar reféns e negociar o fim do conflito.

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